Palhaços
Aécio Neves se declarou "líder das oposições", sem perceber que o grande vencedor das eleições, dentro do PSDB, foi José Serra, eleito senador por São Paulo derrotando Eduardo Suplicy.
Enquanto isso, seu ex-vice, Aloísio Nunes, continua fazendo besteiras, estimulando os grupos de ultra direita a fazerem manifestações pelo impechmeant de Dilma e a volta dos militares.
Dois palhaços.
Pra quem não sabe, Aloísio Nunes foi da esquerda armada e lutou contra a ditadura assaltando bancos. Da extrema esquerda passou para a extrema direita. Enquanto isso Aécio se dedicava à sua boa vida de playboy, nas idas e vindas ao Rio de janeiro.
Nenhum dos dois tem consistência para liderar as oposições, que aliás já não representam muita coisa. Os milhões de votos que eles tiveram foram muito mais anti PT do que à favor dele mesmo.
PT que aliás, continua fazendo besteiras. Se não fosse a firmeza de Dilma o país tinha caído na mão dos aventureiros.
O triunfo da impunidade
Bastou Joaquim Barbosa se afastar do STF e Ricardo Lewandovsky assumir, para que os mensaleiros fossem todos soltos.
Aqueles que lideraram uma intensa campanha contra nosso ministro negro, agora estão calados, satisfeitos. Tudo voltou a ser como dantes no quartel de Abrantes. Gente rica e poderosa não fica na cadeia e a impunidade triunfa mais uma vez.
Tragédia mexicana
O anúncio de que um prefeito mexicano, ligado ao tráfico de drogas, mandou assassinar 43 estudantes que protestavam por mais verbas para a educação, deixou o governo do presidente Peña Nieto em situação pior do que já estava.
Nieto, um liberal ao estilo Aécio Neves, quebrou o monopólio do Petróleo no México (como FHC fez no Brasil) e partiu para a privatização, entregando o país à sanha do capital estrangeiro. Ele é o queridinho da revista The Economist, mas é cada vez mais odiado pelos mexicanos.
Definitivamente o neoliberalismo naufraga no mundo inteiro. A Europa em crise prolongada é seu melhor exemplo, mas o FMI, atrelado aos interesses da banca internacional, insiste nas medidas de "ajuste fiscal", que provocam recessão, desemprego em massa e cortes nos programas sociais, jogando povos, antes ricos, na mais profunda miséria.
Dilma e a Petrobrás
O escândalo na Petrobras é a grande chance para a presidente Dilma se afastar do PT e se colocar acima dos partidos. Claro que ela não pode romper completamente, pois deve muito à Lula, mas pode dar início ao processo de consulta popular sobre a reforma política, que deve desembocar numa grande reforma partidária. É a chance dela montar um novo partido com o que houver de melhor na base aliada, sem parecer ingrata.
Aliás, se Dilma quiser dar uma virada histórica, recuperando a sua popularidade, basta passar o rodo nos corruptos, de todos os partidos, e decretar uma intervenção na CBF.
Popularidade 90% no dia seguinte.
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