terça-feira, 27 de agosto de 2013

POLITICANDO

Mais médicos
     As reações ao programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal com intuito de levar assistência médica aos municípios desassistidos, tem gerado reações contraditórias, que tiveram o mérito de desvendar toda a extensão do problema da saúde no  Brasil.
     De um lado temos uma reação xenófoba e corporativista de médicos que construíram suas carreiras se dedicando à medicina comercial, que se alimenta justamente da falência da saúde pública para prosperar. Ou seja, vivem da miséria do povo, que não tendo outra alternativa tem que pagar, e caro, pelos seus serviços, se filiando a esses terríveis planos de saúde que só fazem sugar as economias dos que mais necessitam e na hora em que as pessoas precisam, se recusam a fazer exames, cirurgias ou negam leitos de hospitais alegando falta de vagas.
     De outro temos os profissionais comprometidos com a saúde pública, que ganham mal e tem que conviver com péssimas condições de trabalho em hospitais públicos, e que se sentem injustiçados por declarações do governo, que atribuem toda responsabilidade pela ausência de médicos no interior à falta de vontade dos profissionais de atuaem na área da saúde da família,  preferindo especializações que lhes rendam mais dinheiro.
     Realmente as declarações governamentais tem omitido a falta de condições de trabalho em que os profissionais da saúde (não apenas os médicos) são obrigados a trabalhar nos hospitais públicos. Não se trata apenas de ausência de estímulos salariais, mas de garantir a possibilidade de realizar um bom trabalho.
     Não é difícil imaginar a dificuldade para um profissional da saúde em ver seus paciente morrerem por falta de medicamentos, ambulâncias, ou instalações adequadas nos seus locais de trabalho. Deve ser tão traumatizante para o médico, como para as famílias dos doentes, ainda mais quando gerlamente apenas os médicos são responsabilizados pelos óbitos.
     Por outro lado, as faculdades de medicina que se espalharam rapidamente pelos Brasil nas últimas décadas, tem atraído alunos justamente acenando com a possibilidade de altos ganhos na profissão, trabalhando em conjunto com a indústria farmacêutica e com os empresários da saúde no sentido de fortalecer cada vez mais a medicina comercial em detrimento da pública.
     E o que o Ministério da Educação tem feito para reverter essa realidade? Tem estimulado cursos de medicina preventiva, de formação de sanitaristas e médicos da família ou deixou correr solta essa mentalidade que foi transformando a saúde em uma mercadoria?
     É muito fácil agora colocar a culpa nos médicos, mas cabe ao governo federal desenvolver políticas públicas na área da saúde que favoreçam a sua disseminação em todo território nacional, especialmente nas áreas mais carentes do país e das cidades, evitando o verdadeiro caos em que o setor se encontra.
     Por outro lado, o evidente corporativismo de médicos e empresas ligadas à saúde privada, não tem realmente o menor interesse em desenvolver um novo modelo de assistência no Brasil que contrarie seus privilégios e o mercado criado pela falência do serviço público.
     Bem, pelo menos esse programa mexeu no vespeiro, e a chegada dos médicos estrangeiros promete trazer à tôna mais distorções do nosso tão cantado SUS, na verdade um sistema idelizado por pessoas que acreditam num "comunitarismo" que não existe nem nunca existiu no Brasil. Quiseram criar os tais Conselhos que deveriam regular todo o sistema, de cima para baixo, tentando impor um modelo completamente contrário às nossas tradições centralizadoras, e que por isso mesmo nunca funcionou.
     É hora de rever todo o sistema, abrindo a discussão para a sociedade sobre que sistema precisamos e queremos construir para a saúde pública brasileira, não importando os interesses particulares que serão contrariados.
     

PAPO DE ARQUIBANCADA

Nossos hooligans !


      Meus amigos, o estádio Mané Garrincha, foi palco de grande selvageria protagonizada pela torcida do  Corinthians. Um grupo de arruaceiros corintianos, em tom ameaçador, tentaram tomar os lugares onde os vascaínos já estavam e foram impedidos pela polícia, mesmo que tardiamente. O tumulto entre os integrantes da Gaviões da Fiel e os policiais atingiu, mulheres, crianças e pessoas idosas que tiveram que se proteger dos cassetetes e sprays de pimenta. 
      Parece que o episódio na Bolívia nada serviu de exemplo para esses torcedores. Até quando vamos ver essas cenas deploráveis ?! Não é possível que esses marginais continuem agindo: será que vamos precisar de barreiras para separar nossas torcidas ?! Os ingleses puniram severamente os hooligans e baniram, praticamente, a violência dos estádios, que nem proteção ao redor dos campos tem mais. Precisamos de um plano de ação para excluir com esse tipo de torcedor dos estádios, sob pena de vermos as famílias fora destes. Com a palavra, as autoridades (in) competentes.


Blogando por ai...

 Paulo Vinícius Coelho

  Êxodo no meio do campeonato voltou e Botafogo é a maior vítima com provável perda de Vitinho

     A decisão de Vitinho de aceitar a proposta do  CSKA e rumar para o futebol russo faz do Botafogo a maior vítima do êxodo, que voltou a atormentar o Campeonato Brasileiro. A decisão ainda não está sacramentada. Mas Vitinho deixou Curitiba em direção ao Rio para resolver sua vida, enquanto o time seguia para Belo Horizonte para o confronto contra o Atlético-MG.
    O Botafogo já tinha perdido Andrezinho, Fellype Gabriel e Jádson. Agora, tem tudo para perder Vitinho, que julga a proposta do CSKA irrecusável, embora não tenha ainda sacramentado sua transferência para o futebol da Rússia.
      Em 2003, houve 60 jogadores que iniciaram o Campeonato Brasileiro e se transferiram para o exterior. O número caiu para 20, em média, nos últimos cinco anos. Hoje, são 23 (veja lista abaixo).
     O Botafogo é a maior vítima. 
      A inversão do calendário para adaptá-lo ao futebol europeu é a única saída. Não uma solução completa. Inverter o calendário não solucionaria o problema, mas atenuaria o efeito do êxodo no Campeonato Brasileiro, o mais importante do país. Ou seja, o campeonato começaria depois das transferências. Candidatos ao título não perderiam craques fundamentais.
    O Botafogo está perdendo. Está perdendo um pouco da sua condição de candidato ao título e à vaga na Libertadores.

QUEM JÁ FOI EMBORA?

ATLÉTICO-MG - Bernard (Shakhtar)
BOTAFOGO - Fellype Gabriel (Sharjah-EAU), Jádson (Udinese), Andrezinho (Tiajin-China), Vitinho (CSKA)
CORINTHIANS - Paulinho (Tottenham - 20 milhões de euros)
CRUZEIRO - Diego Souza (Metalist, da Ucrânia)
FLUMINENSE - Wallace (Chelsea), Wellington Nem (Shakhtar Donetsky), Thiago Neves (Al Hilal-Arábia)
GRÊMIO - Fernando (Shakhtar Donetsky, 12 milhões de euros), André Santos (Arsenal), Bertoglio (Dínamo Kiev)
INTERNACIONAL - Rodrigo Moledo (Metalist), Fred (Shakhtar Donetsky)
SANTOS - Neymar (Barcelona, 28 milhões de euros), Felipe Ânderson (Lazio, R$ 11,3 milhões), João Pedro (Estoril), Paulo Henrique (Rio Ave), Rafael (Napoli, R$ 10 milhões)
VASCO - Romário (Arouca-Portugal), Éder Luís (Oriente Médio)
VITÓRIA - Gabriel Paulista (Villarreal)


Fonte: Blog do PVC

POESIA DA SEMANA



Um pequeno recanto chamado viver
(Nossa Casinha)

Cada briga que surge
É um copo que quebra
É um tempo que perde
“Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol...”
Peguemos a estrada
Abramos a porteira e as portas
Banhemo-nos na cachoeira
Tranquemo-nos em nossa alcova (no meio do mato)
Entrelacemos nossas almas
Gritemos no silêncio da noite
Um eu te amo, assim, simples como o amor deve ser.
Brinquemos com as formas da lua na noite rendida às estrelas
Aqueçamos nossos corpos na fogueira que ilumina a nossa casinha, ainda sem luz.
Matemos nossa sede na água do filtro de barro e os cupins do sofá
Ajudemos as abelhas com o mel, nas pocans que florescem.
Vamos reconstruir o que foi deixado pela desilusão
Dê-me as mãos
Feche os olhos bem fortes
E vamos viver a vida

Adriano Araújo

OBSERVATÓRIO DA TV


Vai que cola... 


      Após se meter em uma falcatrua, o malandro Valdomiro (Paulo Gustavo) vai morar  em uma pensão, localizada no subúrbio carioca, tentando fugir da Polícia Federal. A trabalhadora Dona Jô (Catarina Abdala), dona da pensão, o recebe como hóspede e vê que nele existe um bom coração.
      Enquanto tenta reescrever sua história por linhas tortas, Valdo tem que lidar com as provocações do criado insolente Ferdinando (Marcus Majella), do assédio da fogosa Terezinha (Cacau Protásio), das esquisitices do misterioso Wilson (Fernando Caruso) e das confusões do jovem casal Jéssica (Samantha Schmutz) e Máicol (Emiliano D’Avila).
     Para gerar ainda mais confusão, chega à pensão a linda, alta e loira Velna (Fiorella Mattheis), que se passa por uma gringa e deixa os homens enlouquecidos.
     Uma pensão muito louca !
     Tudo isso em palcos giratórios, com plateia e muita diversão.
     No Multishow, na Sky, canal 42 e 42-1 em HD, de segunda à sexta, às 22:30h com horário alternativo aos domingos 19:00h.

DESTAQUE

A vida em vermelho
     Quando encomendei este livro, (Companhia das letras, São Paulo, 2006) sobre a vida de Ernesto Che  Guevara confesso que pensei se tratar de uma obra honesta e de esquerda, talvez pelo sobrenome do autor, Jorge Castañeda, que denuncia sua origem latinoamericana. Mas logo nos primeiros capítulos comecei a estranhar a obsessão por tentar psicologizar o personagem, procurando nas suas raízes familiares as causas de seu comportamento, como se fosse uma explicação científica para seus desvios de comportamento.
     Depois fui ver que o autor, Jorge Castañeda é um representante das elites mexicanas, que foi ministro das relações exteriores de Vicente Fox, o presidente de direita que governou o México entre 2000 e 2006. O livro foi publicado em 1997, no auge do neoliberalismo e as tentativas de Castañeda para explicar as atitudes de Che, às vezes beiram o ridículo.
     Sua dificuldade em compreender a visão de mundo do revolucionário, levam-no a criticá-lo seguidamente, considerando ingênuas suas observações sobre a pobreza dos indígenas latinoamericanos, especialmente os da Bolívia, como se a política real fosse desligada da realidade objetiva de cada ser humano e se desse no âmbito das altas esferas de influência e dos jogos de poder entre os partidos e seus representantes.
     É uma visão tipicamente elitista e que, se confrontada com a realidade da Bolívia de hoje, governada por um presidente indígena, revela todo o acerto das observações do Che, no momento em que critica os líderes revolucionários de 1952, por dedetizarem os índios que iam às audiências no palácio do governo, com medo das pulgas que eles portavam em seus corpos pobres e sujos.
     A humilhação dos indígenas bolivianos diante de um governo que se dizia revolucionário já mostrava claramente ao Che que havia algo errado ali, e que ele já entendia que é nos pequenos gestos que se observa a posição política das pessoas e não nos seus lindos discursos.
     Essa compreensão profunda que Che tinha da vida política e das transformasções necessárias é que deu a ele essa transcendência que o faz sobreviver até hoje, como um mito, muito acima de Fidel Castro e da própria revolução cubana.
     A mesma coisa ocorre em relação à Perón. Castañeda critica Guevara por não se posicionar nem contra, nem à favor do peronismo, sem querer entender que nem a direita católica conservadora, nem o populismo peronista tinham importância para o jovem revolucionário, que não precisava optar entre um ou outro.
     Che procurava outras coisas. Queria ver o mundo, entendê-lo, porque sua inteligência aguda e sua vasta formação humanista, não cabiam dentro das formulações simplistas vigentes na sua época. Nem mesmo nas complicadas análises marxistas provenientes do leste europeu, tão ideologizadas, intelectualizadas e muitas vezes estreitas, onde o particular sempre sucumbia às análises generalizantes, metateóricas, que levaram aquele sistema a desumanização stalinista e ao autoritarismo decadente.
     Che era antes de tudo um observador do mundo e, como tal, não se enquadrava nas teorias e propostas políticas fechadas. Era um livre pensador.
    As tentativas de justificar suas andanças pelo mundo e sua luta internacionalista baseado nos problemas familiares ou na sua dificuldade em superar sua asma crônica, são lamentáveis e só demonstram a dificuldade que a direita tem em entender e destruir o mito criado em torno dele.
      
    Castañeda chega a afirmar que esse mito surgiu à partir da foto tirada do Che morto, que teria alguma semelhança com Jesus Cristo, sem atentar que a imagem que correu e ainda corre o mundo, em cartazes, camisetas e pára-choques de caminhão, é a de um Che vivo, de boina e com uma estrela na testa.
     Sem dúvida, uma estrela que a direita não conseguiu nem conseguirá apagar na memória dos povos.


CLIPE DA SEMANA

        Esta semana, trazemos para os leitores deste blog a canção NE ME QUITTE PAS, na interpretação, belíssima, de Maysa. Curtam !

 Maysa

 Clique e assista:

RAPIDINHAS

Eventos na Bahia: escolha o seu!







 

O evento acontece entre os dias 12 e 15 de setembro e conta com a participação do cantor paulista | FOTO: Reprodução/Assessoria |
O município de Abaíra, na região da Chapada Diamantina, realiza o tradicional Festival da Cachaça Abaíra entre os dias 12 e 15 de setembro. O evento atrai turistas de todo o país e de diversas partes do mundo. Em sua 14ª edição, o festival chama a atenção por sua programação musical, que reúne este ano artistas do cenário nacional, como Fábio Júnior (que se apresenta no sábado, dia 14), Trio da Huanna, Luxuria, Sinho Ferrari, Fernando Mendes, Amanda Santiago, Renan Moreira, Allan Júnior, entre outros artistas que formam a grade de atrações do evento.

Festival de Música de Igatu

festival
Flávio Venturini, Jú Moraes, Targino Gondim e Guilherme Arantes se apresentam na Vila da Chapada | FOTO: Composição/Jornal da Chapada |
Mais uma alternativa para curtir a boa música com um ambiente agradável e cheio de opções para aventuras. É assim que se apresenta o já tradicional festival de música da Vila de Igatu, no município de Andaraí, na Chapada Diamantina. Entre os dias 5 e 7 de setembro, além dos renomados músicos Flávio Venturini e Guilherme Arantes (como foi antecipado pelo Jornal da Chapada), o evento ainda reúne artistas locais, e une diferentes ritmos musicais como o cantor de forró Targino Gondim, Jú Moraes e de quebra o público presente pode participar de oficinas temáticas durante todos os dias do evento. A programação é gratuita.

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Flávio Venturini e Guilherme Arantes estão na programação do festival de música em Igatu
Festival de Inverno de Lençóis leva boa música à Chapada Diamantina
igatu
| FOTO: Reprodução |
Na abertura do festival, no dia 5 (quinta), o turista e a população da região participam da “Noite dos Corais”. No dia 6 (sexta), se apresentam no palco em Igatu, com o show “Da Chapada pro sertão”, os cantadores Fábio Paes e Ivan Soares. Neste mesmo dia tem ainda a participação do Coral da UESB, do cantor de forró Targino Gondim e Quinteto Sanfônico, além do compositor Guilherme Arantes.
Já no sábado, dia 7, último dia do Festival, Igatu recebe Lula Gazineu e Banda Mandaia, a cantora Jú Moraes e o mineiro Flávio Venturini. Além da boa música, o visitante também pode participar das oficinas de capoeira, literatura, música, renda, boulder de escala e educação ambiental.

E também em Jacobina


xangai e diamba
O cantador Xangai e a banda Diamba estão na programação do festival cultural de Itaitu no mês de setembro | FOTO: Montagem/JC |
Mais um festival na Chapada Diamantina. Desta vez, é o distrito de Itaitu, no município de Jacobina, que recebe o Balaio Cultural. Entre os dias 6 a 8 de setembro, a população terá acesso a diversas atividades artísticas e culturais, com apresentações musicais, como o violeiro e cantador Xangai, a banda de reggae Diamba, além dos cantores Maviael Melo, Joan Sodré, Raphael Barbosa, e o grupo Essência Natural.
Além dos shows, o visitante ainda tem acesso a manifestações culturais da região, oficinas de artesanato, sessões de cinema, noções de fotografia e torneios de esporte e de quebra, leva as belezas naturais na mochila, porque a vila de Itaitu é conhecida por possuir dezenas de cachoeiras, um lugar ainda pouco explorado e com o clima frio típico das vilas da Chapada.

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cachoeira
A cachoeira “Véu das Noivas” | FOTO: Reprodução |
Sobre Itaitu
O distrito de Itaitu fica a 18 quilômetros da rodovia BR-324, dentro dos limites do município de Jacobina, ao lado norte, próximo da cidade. Inserida numa paisagem cênica da Chapada Diamantina, no centro oeste da Bahia, a Vila de Itaitu apresenta grande potencial para o ecoturismo, esportes radicais, festas tradicionais, sendo um roteiro obrigatório para visitar e apreciar as belezas encantadoras das 25 cachoeiras em seu entorno.
A cachoeira Véu das Noivas, cartão postal da região, fica bem próximo à Vila, cerca de 25 minutos de caminhada; uma queda d’agua de aproximadamente 60 metros e um belo caldeirão propício para o banho. Em 10 minutos é possível chegar à cachoeira Arapongas e Poço da Geladeira, com queda de 40 metros, e poço para banho de água gelada e escura.

HUMOR TRANSATLÂNTICO



Piada Contada: O velhinho e o punk


Um velho senta-se num banco no ônibus, bem em frente a um Punk de cabelos compridos, com mechas verdes, azuis, rosa e vermelhas.
O velho fica olhando para o Punk e o Punk olhando para o velho.
O Punk vai ficando invocado, até que então pergunta ao velho:
- O quê foi vovô? Nunca fez nada diferente quando era jovem
O velho responde
- Sim, eu fiz. Quando era jovem, fiz sexo com uma Arara, e estou aqui pensando: "Será que este FDP é meu filho?"

TRIBUNA ABERTA


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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PAPO DE ARQUIBANCADA

Gatinho assustado...


         Meus amigos, quem viu a fúria do técnico Caio Jr. ao final da partida contra a Portuguesa, quando o rubro-negro baiano venceu - inacreditavelmente - por 2 a 1 de virada, ficou com a certeza de que o time da toca do leão, se não tem técnica, tem muita vontade e raça. Mentira ! Este mesmo time se acovarda quando encara seus adversários fora de seus domínios. O Vitória é uma equipe sem personalidade, vide a última partida contra o Cruzeiro, no Mineirão, quando foi implacavelmente goleado por 5 x 1 e pela campanha ridícula, com apenas uma vitória fora dos seus domínios. Pra uma equipe que almeja alguma coisa, é preciso que o time baiano comece a oferecer alguma resistência quando atuar fora do Barradão, caso contrário, vamos ter que fazer contas e rezar pela manutenção do Vitória na série A do Brasileirão.

Blogando por ai... 

 Mauro Cézar Pereira
 

       Preço do ingresso cai no “New Maracanan”. Como estaria o público na Europa ? Confira e se assuste !
        
        O consórcio que ficou com o "New Maracanan" percebeu o óbvio: ingressos a preços abusivos só são vendidos em jogos de futebol no Brasil quando a partida é decisiva, "única", como a recente final da Copa Libertadores da América, entre Atlético x Olímpia. Assim foram reduzidos os valores para as próximas pelejas da Copa do Brasil no Rio de Janeiro.
     E a quantas andariam os públicos na Europa? Confira, abaixo, as médias na Alemanha, Espanha, Inglaterra, Holanda e França após as primeiras rodadas dos campeonatos nesses países. Os certames espanhol e inglês tiveram ainda as primeiras rodadas, com isso nem todos os participantes jogaram em seus domínios até aqui, o Manchester United, por exemplo.
       Note que dos 72 times que aparecem a seguir, apenas dois, os franceses Toulouse e Valenciennes, têm menos de 50% de ocupação em seus estádios. E exatos 35, o que representa praticamente a metade, possuem pelo menos 90% ou número bem próximo, algo em torno dos 89% da capacidade de suas casas ocupadas nos jogos que "mandam".
       O campeonato italiano ainda não começou. Na temporada passada apenas a Juventus apresentou taxa de ocupação do estádio próxima das melhores do futebol europeu, com 93.8% dos 41 mil lugares de sua casa sendo preenchidos, em média. Alguns, como o Chievo Verona, tiveram marcas comparadas às de times brasileiros: 23.5%. Internazionale e Milan registraram, respectivamente, 57.7% e 52.7% do San Siro. A Roma ficou nos 47.2% e a rival Lazio 38.7%.
      Veja as médias de público, a capacidade de cada estádio, entre parênteses, e o percentual da taxa de ocupação. Essa é a meta que o futebol brasileiro precisa buscar, afinal, por aqui a média geral da Série A é pouco superior a 14 mil pessoas por jogo. Melancólico. E o líder do ranking, o Corinthians, não enche mais do que 73% dos lugares do Pacaembu, palco de suas pelejas.

Alemanha
1 B. Dortmund 80.000 (80.720) 99.1%
2 Bayern Munich 71.137 (71.137) 100.0%
3 Schalke 04 61.973 (61.973) 100.0%
4 Hertha Berlin 55.000 (77.116) 71.3%
5 E. Frankfurt 51.500 (51.500) 100.0%

Espanha
1 Real Madrid 76.870 (85.454) 90.0%
2 FC Barcelona 73.812 (98.772) 74.7%
3 Valencia 36.000 (55.000) 65.5%
4 FC Sevilla 27.000 (48.649) 55.5%

5 Real Sociedad 21.000 (32.076) 65.5%

Inglaterra
1 Arsenal 60.003 (60.355) 99.5%
2 Manchester City 46.842 (47.726) 98.2%
3 Liverpool 44.822 (45.362) 98.8%
4 Sunderland 43.905 (49.000) 89.6%
5 Chelsea 41.374 (41.841) 98.9%

Holanda
1 Ajax Amsterdam 52.013 (52.581) 98.9%
2 Feyenoord 43.000 (51.577) 83.4%
3 PSV Eindhoven 31.750 (35.119) 90.4%
4 FC Twente 29.200 (29.700) 98.3%
5 Heerenveen 20.000 (26.800) 74.6%

França
1 Paris SG 44.413 (48.427) 91.7%
2 Marseille 42.524 (60.000) 70.9%
3 Lille 36.362 (50.157) 72.5%
4 Bordeaux 32.158 (34.694) 92.7%
5 Montpellier 27.717 (32.500) 85.3%

Fonte: blog do Mauro Cezar Pereira




POLITICANDO

O Brasil no rolo
O jornalista Glenn Greenwald, quando depunha no Congresso Brasileiro
     Bem que a presidente Dilma tentou manter o Brasil afastado da sujeira revelada pelo ex-espião da NSA, Edward Snowden, no caso do programa global de bisbilhotagem que os Estados Unidos promovem, interceptando telefonemas, e-mails e redes sociais do mundo inteiro, em nome da "segurança nacional", deles é claro.
     Como sempre, as velhas nações imperialistas da Europa estão metidas no rolo. Em primeiro lugar os cachorrinhos dos americanos: os ingleses. Mas também França, Alemanha, Itália e Espanha e até Portugal, as antigas potências coloniais.
     Snowden pediu asilo a vários países do mundo, inclusive o Brasil, quando estava exilado no aeroporto de Moscou. Dilma, sabiamente, negou. O Brasil já tem problemas demais pra se meter nas confusões dos outros.
     Outros países latino-americanos, que gostam de brincar de afrontar os americanos, aceitaram, mas ele não tinha como chegar até nosso continente, pois americanos e europeus simplesmente bloqueram o espaço aéreo global, fazendo até o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, de refém durante várias horas num aeroporto austríaco.
     Snowden acabou ficando na Rússia mesmo, único país que tem condições de garantir sua segurança e aproveitar ao máximo as informações que ele carrega.

     Acontece que Snowden tornou públicas as suas denúncias através de um jornalista britãnico, Glenn Greenwald que é correspondente do jornal The Guardian, no Rio de Janeiro. E foi através dele que o mundo ficou sabendo do programa gigante de escuta dos americanos, que se dão o direito de invadir a privacidade de qualquer cidadão do planeta, violando todas as regras internacionais.
     O jornalista, porém, tem um namorado brasileiro, David Miranda, e o despachou para Berlim levando algumas informações para uma jornalista alemã, que também investiga o caso. Este brasileiro, usado como pombo-correio, na volta de Berlim para o Rio, teve a ingenuidade de tomar um voo que fazia escala em Londres e lá foi apeado do avião, detido por nove horas em uma sala, incomunicável, onde foi submetido a uma série de pressões e vexames e teve sua bagagem eletrônica confiscada.
O brasileiro David Miranda, preso irregularmente no aeroporto de Londres.

     Os ingleses usaram uma lei antiterrorista, que lhes permite deter qualquer pessoa se houver alguma suspeita de envolvimento com planos terroristas, o que não era o caso. Tratou-se simplesmente de uma tentativa de censurar a liberdade de informação, tentando tomar os arquivos em posse do brasileiro, para impedir que fossem publicados.
     O caso obrigou o governo brasileiro a protestar diante dos ingleses, que com seu cinismo habitual, alegaram questões operacionais. Os americanos, herdeiros do cinismo inglês, declararam que não tinham nada a ver com o caso (uns anjinhos) e a oposição no parlamento britânico já está fazendo o maior escarcéu contra este ato verdadeiramente terrorista do governo inglês contra a liberdade de imprensa, o que demonstra que Snowden ainda tem coisas muito mais importantes a revelar.
     Este caso ainda promete muitos desdobramentos sensacionais, que talvez retirem alguns véus importantes que encobrem toda a sujeira da política internacional ocidental.
     E o Brasil, sem querer, virou a sede do escândalo.