quinta-feira, 28 de novembro de 2013

E o futuro, o que será?

POLITICANDO

E o futuro, o que será?

     Estranhos, esses tempos que estamos vivendo.
     Enquanto milhões de pessoas fogem de uma guerra insana na Síria, e outros morrem de fome e sede tentando atravessar o deserto de Saara, ou afogados no mar mediterrâneo, para chegar à essa "Ilha da fantasia" chamada União Europeia, atletas transformados em superstars ganham milhões no grande circo global do futebol.
     Enquanto os países mais ricos do mundo, Estados Unidos, Oceania, Europa e Japão, gastam trilhões em armas e guerras e se transformam em verdadeiras fortalezas, para defender suas populações enlouquecidas pelo consumo, o desemprego cresce dentro de suas próprias fronteiras, alimentado pelo egoísmo de elites insatisfeitas com a taxa de acumulação de capital, que por isso eliminam direitos trabalhistas e jogam seus trabalhadores no desespero dos despejos forçados, para conseguir continuar fomentando um "crescimento econômico" feito às custas da natureza, levando os recursos do planeta à beira do esgotamento.
     Enquanto as "democracias ocidentais" apoiam as ditaduras no Egito, na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes, combatem as democracias na América Latina, Leste Europeu e Oriente Médio, financiando programas de desestabilização, eufemismo para golpes de estado. Enquanto combatem o terrorismo no mundo, financiam atos terroristas contra os países que ousam desafiar sua supremacia política e econômica mundial, usando todos os meios, inclusive o desprezo pelas leis internacionais, promovendo a escuta telefônica e o monitoramento da rede mundial de computadores, sem dar maiores explicações a ninguém.
     Enquanto os BRICS, e os demais participantes do G20, crescem e se preparam para ser cada vez mais importantes na economia mundial, a velha política dos países imperialistas insiste numa hegemonia que não convence mais ninguém, baseada apenas na força militar e no domínio dos meios de comunicação de massa, cujos monopólios começam a ser contestados e derrubados, como na Argentina, Bolívia, Equador e outros.
     Um panorama desalentador. Uma divisão tão clara e intransigente de interesses entre um grupo de nações ricas, porém estagnadas, de um lado, e o resto do mundo que vai se libertando de seu domínio, de outro.
     Enquanto a geopolítica conseguir estimular conflitos entre países que se opõem a hegemonia das nações ricas, as contradições vão continuar se acentuando, sem grandes mudanças. Mas no momento em que as potências emergentes resolverem se unir contra a velha dominação, reunindo condições econômicas e militares suficientes, uma ruptura deverá acontecer e o resultado disso já sabemos: guerra.
     Uma guerra desse tipo alcançaria grandes proporções e seria catastrófica para o planeta. Se Rússia, China e Índia se unirem à América Latina, África e Ásia, contra os atuais detentores do poder, não haverá quem escape da terrível destruição que se seguirá, cujo resultado não pode ser bom para ninguém.
     Para escapar deste terrível cenário seria necessária uma nova geração de líderes, principalmente nos países ricos, que substituísse os planos de dominação por outros de integração mundial, abrindo mão de hegemonias militares. Mas será isso possível, num mundo controlado por grandes corporações, fortemente ancoradas na produção de armas, pesticidas, petróleo, alimentos transgênicos, medicamentos feitos para "curar" males provocados pelo consumismo e indústrias culturais que buscam a alienação dos povos, para impedir que eles despertem para a terrível realidade em que vivem (o que inclui o futebol)?
     Apenas políticas integradoras que nos libertem dos nacionalismos egoístas poderiam nos livrar do pesadelo que se avizinha. Nostradamus previu este conflito terrível, que seria o final de uma era e o início de outra, para aqueles que conseguissem sobreviver. No seu Apocalipse, São João também teve uma visão dessa tragédia e vaticinou: os vivos terão inveja dos mortos.
    Por outro lado, Chico Xavier psicografou um livro intitulado: Brasil, Pátria do Evangelho, em que prediz que nosso país poderia ser a nação a iluminar os caminhos de uma nova civilização. Para isso teríamos que nos reformar muito, nos libertando das tendências autodestrutivas que tem nos assolado ultimamente, encontrando um novo rumo, de paz e prosperidade baseado numa economia verde e numa sociedade voltada para a justiça social. 
     Oxalá!
    
    

Clipe da semana

Homenagem à Victor Jara, o grande compositor chileno, nos 40 anos de seu assassinato pela ditadura chilena.


Te recuerdo Amanda
(Victor Jara)

Te recuerdo Amanda
la calle mojada
corriendo a la fabrica donde trabajaba Manuel
La sonrisa ancha, la lluvia en el pelo,
no importaba nada
ibas a encontrarte con el,
con el, con el, con el, con el
Son cinco minutos
la vida es eterna,
en cinco minutos
Suena la sirena,
de vuelta al trabajo
y tu caminando lo iluminas todo
los cinco minutos
te hacen florecer
Te recuerdo Amanda
la calle mojada
corriendo a la fabrica
donde trabajaba Manuel
La sonrisa ancha
la lluvia en el pelo
no importaba nada,
ibas a encontrarte con el,
con el, con el, con el, con el
Que partió a la sierra
que nunca hizo daño,
que partió a la sierra
y en cinco minutos,
quedó destrozado
Suenan las sirenas
de vuelta al trabajo
muchos no volvieron
tampoco Manuel
Te recuerdo Amanda,
la calle mojada
corriendo a la fábrica,
donde trabajaba Manuel.
https://www.google.com.br/?gws_rd=cr&ei=QWOPUqr7JPOtsQS3loGgBg#q=victor+Jara+te+recuerdo+amanda&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgzYHsxCHfq6-Qa5JcZYSF4hlmGxSbpqsJehb

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo...

É campeão


         Meus amigos, nem o mais otimista dos torcedores do Flamengo imaginaria que um time que sequer chegou às finais do estadual, que faz uma pífia campanha no brasileiro da série A - lutando até a rodada passada para escapar do rebaixamento - poderia imaginar que o rubro-negro carioca seria o campeão da Copa do Brasil. Uns atribuem o título à mística da camisa, outros à força de sua torcida.  Sem querer entrar no mérito da questão, atribuo à coragem da diretoria do clube, em substituir o badalado Mano Menezes pelo humilde e competente, auxiliar técnico de Luxemburgo, Jayme de Almeida, que deu uma forma de jogar ao time e confiança aos seus comandados. Parabéns à equipe da Gávea pelo título.
          Que venha a Libertadores!

Blogando por ai...

José Roberto Malia


Campeão Jayme de Almeida, R$ 40 mil por mês: 15 vezes menos que professores com grife.

          O custo/benefício de Jayme de Almeida é dos mais astronômicos no ninho do Urubu.
          Deixa os ‘professores' Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes, 'Muriçoca' Ramalho, Abel Braga, Dorival Júnior e que tais no bolso do colete emprestado.
          O campeão da Copa do Brasil ganha cerca de R$ 40 mil por mês, ou algo em torno de 10 a 15 vezes menos do que os 'mestres' com grife costumam exigir - Vanderlei Luxemburgo/R$ 600 mil; Mano dos manos/R$ 450 mil; ‘Muriçoca' (R$ 350 mil, mas deve renovar por R$ 600 mil); Abel Braga (R$ 700 mil); Dorival Júnior (R$ 600 mil).
          Jayme de Almeida já foi procurado para acertar um novo contrato, mas pretende pensar no assunto só depois da última rodada do Brasileirão, em 8 de dezembro.
          Ele teme por uma repetição da história do amigo Andrade. Campeão brasileiro em 2009, foi rifado após alguns resultados ruins e caiu no ostracismo. Nenhum time grande o procurou.
Jayme de Almeida igualou o feito de Carlinhos (1987 e 1992), Paulo César Carpegiani (1982) e Andrade, campeões em campo e no comando do time. Santo de casa também faz milagre. 

Fonte: ESPN Brasil

Poesia da Semana

Humberto de Campos


                                 LENDO-TE



               “As roseiras aqui já estão florindo...”

                Mandas dizer... “As híspidas e pretas

                Rochas da estrada já se estão cobrindo

                De musgo verde...  Há muitas borboletas...”



                E eu fico a pensar que agora é o lindo

                Mês das rosas esplêndidas e inquietas

                Asas: mês em que a serra anda sorrindo,

                E em que todos os pássaros são poetas.



                Vejo tudo: a água canta entre os cafeerios.

                Vejo o crespo crisântemo e a açucena

                Estrelando a verdura dos canteiros.



                Penso, então, que em tudo isto os olhos pousas...

                E começo a chorar... Olha: tem pena,

                não me escrevas falando nessas cousas!...


Humberto de Campos Veras nasceu em Miritiba, hoje Humberto de Campos, Estado do Maranhão. Deixou obra extensa e variada, incluindo crônicas e contos humorísticos, além de sonetos refinados, que o tornaram um dos autores mais populares em sua época. Aprendiz de tipógrafo e depois escriturário, iniciou-se (1908) no jornalismo em Belém do Pará, e chegou a diretor de A Província do Pará. Fatores políticos forçaram-no a mudar-se (1912) para o Rio de Janeiro, RJ, onde passou a trabalhar como redator de O Imparcial. A longa série de seus livros de prosa iniciou-se com Da seara de Booz (1918). Publicou depois, entre outros, A serpente de bronze (1921), A bacia de Pilatos (1924), O monstro e outros contos (1932) e Poesias completas (1933). Eleito membro da Academia Brasileira de Letras (1920), também foi eleito deputado federal pelo Maranhão (1927), mas teve o mandato interrompido pela revolução (1930). Suas Memórias (1933) são apontadas como seu livro mais importante. Morreu no Rio de Janeiro, RJ, e seu Diário secreto, publicado postumamente (1954), causou escândalo.

Meu pai, Bernardo Sayão.

DESTAQUE

Meu pai, Bernardo Sayão

 

     Prezados amigos leitores.
     Peço desculpas pelas semanas em que deixamos de publicar este blog, em função do acúmulo de atividades que nos impediram.
     No meu caso, consegui, finalmente, concluir a pesquisa (se é que uma pesquisa pode se dar por concluída algum dia), para a construção de um texto sobre o qual eu vinha trabalhando há dois anos. E para minha satisfação, a última leitura dessa longa investigação foi o livro Meu Pai, Bernardo Sayão, escrito por Léa Sayão
     Antes de mais nada devo dizer que não foi fácil encontrar um exemplar deste livro, lançado em primeira edição em 1967 e em segunda, em 1976.
     Consegui através de um sebo virtual, que descobri no excelente site www.estantevirtual.com.br. onde localizei um exemplar com o livreiro José Franklin, do Rio de Janeiro.
     A chegada do exemplar, no entanto, foi um pouco difícil, pois o pagamento se deu logo no início da greve dos correios e, quando o movimento acabou, a agência onde o objeto foi postado confessou que havia extraviado a encomenda. O fornecedor, no entanto, foi corretíssimo, adquirindo outro exemplar e me enviando sem cobrar nada a mais. Portanto, se precisarem de livros usados, recomendo fortemente este livreiro, que pode ser acessado pelo e-mail josefranklinda.silveira@yahoo.com.br.
    Mas voltando ao livro, devo dizer que sempre tive enorme admiração por este homem, embora não conhecesse muita da sua vida, além do que eu ouvi na minha infância, nos primórdios de Brasília.
     Depois, quando fui trabalhar no Governo do Distrito Federal, na Administração da Ceilândia, tentei projetar uma praça em homenagem a ele, mas fui desencorajado por todos os lados. Todos me diziam; deixa isso pra lá, não se meta nisso... e eu ficava cismado. Afinal, que mistério se ocultava sob a morte deste gigante do desbravamento do Brasil Central? Porque o homem que foi considerado o braço direito de Juscelino Kubistchek, não tinha uma estátua sequer em Brasília?
     Me lembrava dos boatos na época de sua morte, causados pelo funeral de caixão fechado. Uns diziam que ele não morrera, que haviam posto um tronco de bananeira no lugar do corpo. Outros que fora assassinado, porque era muito amigo dos operários e um risco político para as eleições que se aproximavam. Enfim, cresci sob sombra deste mistério, que agora se esclareceu com a leitura deste livro.
     Na verdade o livro não é uma biografia, mas um texto memorialista, em que Léa Sayão conta sua vida junto ao pai, o jeito dele de viver e pensar, sua inquietude, sua mania de abrir estradas e sua idéia fixa em ligar Goiás a Belém do Pará, desde 1941, quando foi encarregado por Getúlio Vargas de fundar a Colônia Agrícola Nacional de Goiás, conhecida inicialmente como CANG, a primeira de uma série de outras que faziam parte da chamada Marcha para o Oeste, um projeto político de Vargas que visava integrar os chamados espaços vazios do centro-oeste à economia brasileira, cujos núcleos urbanos situavam-se quase todos no litoral.
     A CANG, que depois virou a cidade de Ceres, foi a cabeça de ponte para a investida sobre os sertões desconhecidos do norte de Goiás, que haviam sido pacificados pelos homens do SPI, Serviço de Proteção aos Índios, criado por Cândido Rondon.
     De lá, Sayão se lançou temerariamente, desprezando a burocracia governamental, abrindo sua estrada para o norte, com recursos da Colônia Agrícola, construindo também ramais para vários vilarejos existentes que sobreviviam no abandono, dando vida a toda a região e chegando até a atual cidade de Uruaçu.
     Quando Juscelino resolveu construir Brasília, em sua primeira visita ao local onde seria construída a nova capital, havia um homem lhe esperando: Bernardo Sayão. Ele se instalara no local, em uma barraca, munido de apenas algumas dezenas de trabalhadores e abrira a primeira pista de pouso para que o avião do presidente pudesse descer. Daí pra frente a cooperação entre os dois foi completa. Foi Sayão quem construiu a rodovia de Goiânia para Anápolis e daí até Brasília, ele que já havia ligado Anápolis a Jaraguá, antiga cidade isolada ao norte, e de lá para Ceres.
     Quando Juscelino finalmente se convenceu da necessidade de construir a Belém-Brasília, Sayão já tinha aberto mais de 600 km de seu traçado. Daí pra frente, dos 1600 que ainda faltavam, a maior dificuldade se localizava na abertura dos mais de 500 km de selva equatorial que precisou ser vencida a facão e à machado, nas picadas pioneiras abertas pela turma conhecida como grupo dos suicidas, sob o comando direto dele, que não se afastava das obras.
     A história dessa aventura já foi muito contada, mas nunca é demais relembrar que foi uma epopeia de gigantes. A leitura da vida de Sayão cansa, só de acompanhar a inquietação do homem, que não parava um minuto.
     O texto de Léa Sayão é agradável e despretensioso. Depois de contar sua história, ela recheia o livro com depoimentos e homenagens a seu pai, que morreu tragicamente no dia 19 de janeiro de 1959, quando faltavam apenas 50 Km para a conclusão da rodovia, que foi o sonho de sua vida, quando um imenso galho de árvore caiu sobre a sua cabeça.
     Dentre os depoimentos, há muita coisa emocionante. Cartas de Juscelino e discursos de políticos. Mas o que me impressionou mais foram as palavras de um trabalhador no momento do seu sepultamento, das quais transcrevo aqui alguns trechos:

   "Sr. presidente da República, (...) Eu vos peço silêncio para falar a este gigante morto, porque, sem dúvida, você Sayão era um gigante lutando contra outro gigante, as selvas amazônicas. (...) Você Sayão, era um homem que teu SIM, valia SIM, que o teu NÃO... valia um NÃO. Era antes de tudo um homem de mãos limpas. Um luar cheio de resoluções as mais acertadas. Um homem que sabia receber desde o presidente da República, que aqui se encontra, ao mais humilde trabalhador, que sou eu, que te falo. (...) Eu como legítimo representante dos trabalhadores, apanhei no campo no qual viveste pisando dia-a-dia, duas flores, e elas aqui estão: uma amrela e uma roxa. (...) Esta flor roxa significa o nosso luto, esta amarela significa o nosso desespero pela tua falta irreparável."

     No momento em que nossa política está tão poluída por seguidos episódios de corrupção, e pelos que tentam desmoralizar a justiça quando esta pune os culpados, só porque pertencem ao seu partido, talvez a lembrança deste grande brasileiro possa nos lembrar que nem sempre foi assim, que houveram homens que se dedicaram verdadeiramente à causa do bem comum, do progresso do Brasil e do seu povo sofrido.
     Depois de ler este livro raro, minha sensação de que falta um monumento em Brasília só aumentou. A Brasília que eu vivi, até 1964, era a Brasília dos heróis que a construíram. Depois veio a revanche dos que odeiam o povo e que a transformaram no templo da corrupção e da ganância. Mas isso não precisa ser sempre assim. É sempre possível recuperar o que um dia foi perdido.




Rapidinhas

Contradições capitalistas

     A reação à prisão dos mensaleiros só confirma que o socialismo tem dois grandes inimigos: a burguesia, que se acha dona do mercado e a burocracia, que se acha dona do Estado.
     A onda de acusações contra  Joaquim Barbosa por parte da burocracia petista, apenas atesta o que os cidadãos já haviam percebido; que eles se acham acima do bem e do mal e consideram que nenhum juiz está apto para julgá-los.
     Foi por isso que o socialismo fracassou na União Soviética, com as empresas estatais distribuídas finalmente entre os burocratas, nas sua ascensão final rumo ao "status" de burguesia.
     Fala sério, alguém ainda acredita que o PT seja um partido de esquerda? Dilma pode até fazer um bom governo, e ser uma pessoa correta, mas seu partido não quer implantar socialismo nenhum. Aliás, Lula já cansou de dizer que nunca foi de esquerda.

50 anos depois

     Dia 22 de novembro, completaram-se 50 anos do assassinato do presidente norte-americano John Fitzgerald Kennedy, o último liberal americano a ter coragem de enfrentar o establisment, da grande nação imperialista, promovendo reformas profundas na sociedade americana, dentre as quais a mais importante foi a imposição da igualdade racial entre negros e brancos.
     Como os documentos considerados secretos para o governo daquele país, ficam inacessíveis durante 50 anos, preparem-se para ver surgir novas e valiosas informações sobre o complô que culminou na sua morte e iniciou uma escalada de reação da direita no mundo inteiro contra o avanço do socialismo, que até aquele momento vinha acumulando vitórias seguidas.

55 anos depois

     Eu era pequeno quando o elevado da perimetral do Rio foi construído. Me lembro das obras, em 1958, quando meu pai entrava com o carro na fila para pegar a barca para Niterói, muito antes da construção da ponte Rio-Niterói.
     Para construir o elevado, o belíssimo Mercado de São Sebastião foi demolido, um crime contra o patrimônio histórico.
     Agora, quando a prefeitura resolve remover o monstro, substituindo por uma via subterrânea e recuperando a alma do antigo porto, vejo em Salvador a construção de obra semelhante, a chamada Via Expressa, ligando a BR-324 ao porto da cidade.
     Quanto dinheiro jogado fora numa obra completamente ultrapassada no tempo.
     O certo seria tirar o porto dali, deslocando-o para algum outro ponto no litoral ou para dentro da baía de Todos os Santos, como fizeram com o Porto de Pecem no Ceará e com o novo porto de Recife.
     Salvador sempre refém de interesses corporativos, vai ficando para trás.
  
  
 

Humor Transatlântico



Enquanto isso em Brasília...





Piadas Contadas: Nego Véio