A internacional fascista
A
generalização de manifestações violentas contra governos democraticamente
eleitos, continua instalando ditaduras onde havia governos democráticos.
A
primeira vítima desta nova onda, disfarçada de rebelião popular, foi o Egito,
que havia acabado de empossar o primeiro presidente democraticamente eleito em
toda a sua longa história.
O
resultado foi a volta da velha ditadura militar, que já matou milhares de pessoas
e continua prendendo e reprimindo o povo egípcio para defender os interesses da
direita mundial, leia-se Estados Unidos, Israel e os partidos de direita que
dominaram a União Européia.
A
segunda vítima foi a Ucrânia, onde um presidente eleito foi derrubado por uma
turba violenta, que matou mais de mil pessoas durante as manifestações, e após
a “vitória” de sua “revolução”, derrubou o monumento aos heróis que lutaram
contra o nazismo na segunda guerra mundial. O principal partido que apoiou esse
golpe de Estado se chama Setor de Direita e seu ídolo é Stepan Bandera, um fascista
que apoiou o nazismo na perseguição contra judeus, russos e
poloneses que viviam na Ucrânia, cometendo as maiores atrocidades contra civis daquele conflito.
A
diferença é que lá a minoria de russos reagiu e se levantou em armas contra
essa ultra-direita, pedindo a anexação à Rússia, país vizinho que os defendeu.
Agora
foi a vez da Tailândia. Uma primeira ministra eleita foi alvo de manifestações
selvagens e violentas, cujo único propósito era impedir a continuação de uma
governo democraticamente eleito. O cenário foi o mesmo. Caos nas ruas, com praças
ocupadas, o governo tentando dialogar e os manifestantes se recusando a
qualquer diálogo.
A
primeira ministra ofereceu inclusive novas eleições durante as tentativas de
negociação, mas os manifestantes se levantaram também contra as eleições,
porque sabiam que iam perder. Queriam um golpe e ele veio. A velha ditadura militar
voltou e já está fazendo seu serviço sujo, prendendo e matando os líderes
democráticos, para alegria dos manifestantes fascistas.
Alguém
tem dúvidas de que é isso que está acontecendo também na Venezuela e no Brasil,
com os blackblocs, idênticos em toda parte, grupos clandestinos comandados por
gente armada promovendo greves selvagens às vésperas da Copa do Mundo, à
revelia dos sindicatos, depredando centenas de ônibus?
Querem
armar um cenário de caos que justifique um novo golpe militar no Brasil e não
se envergonham de declarar isto abertamente na internet, especialmente no
Facebook, através de sites como o TV
revolta, que virou fomentador de um discurso do ódio, tentando capitalizar a
insatisfação legítima da população, especialmente dos jovens que não
vivenciaram os horrores da ditadura militar, contra políticos corruptos e
serviços públicos ruins.
É
claramente uma estratégia da direita internacional para salvar o
capitalismo que vive uma de suas maiores crises, impedindo o avanço da
consciência mundial contra esse sistema gerador de injustiças e miséria por
toda a parte.
A
cumplicidade da mídia, controlada por poucas famílias ricas e poderosas, com
esse movimento fascista mundial, revela a extensão e o perigo dessa grande
armação que avança contra o direito dos povos no mundo inteiro.
É
o lobo disfarçado de cordeiro, o fascismo disfarçado de “luta popular” e se os
partidos de esquerda não acordarem para o enfrentamento necessário a essa
grande onda, podemos ser a próxima vítima.
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