segunda-feira, 9 de junho de 2014

RAPIDINHAS

Sisi o imperador



          A farsa eleitoral no Egito terminou. O General Sisi, ditador que derrubou o primeiro presidente eleito democraticamente do país em toda a sua história foi proclamado presidente com a votação de mais de 96% dos votos.
          Tradicionalmente só os ditadores que fraudam eleições tem percentagens tão altas, pois proíbem todos os seus adversários de concorrer, perseguem a oposição e "fabricam" um resultado eleitoral absurdo.
          Mas a mídia brasileira, subserviente aos interesses norte-americanos e israelenses por trás do golpe que derrubou a democracia recém-instalada, não chama o General Sissi de ditador, mas de presidente.
          Se ele fosse um adversário dos interesses americanos, certamente seria chamado de ditador, mas como é um "funcionário" de Washington, virou um simples "presidente" para os capachões da nossa imprensa.
          Nos primeiros dias de sua ditadura, Sissi massacrou mais de mil opositores que protestavam na rua, e agora numa farsa jurídica, quer condenar à morte o ex-presidente Mursi, acusando-o pela morte de alguns manifestantes que apoiavam o golpe militar.
         Nós já vimos este filme no Brasil, durante 21 anos. Os manifestantes que se deixaram levar pelos protestos contra o presidente legítimo, protestos muito semelhantes aos que ocorreram na Ucrânia, na Venezuela, na Tailândia e também no Brasil, devem estar se dando conta de que foram enganados.


O que eles tem contra a plástica?


          Ambos já foram jovens bonitos, e continuam sendo figuras públicas admiradas pelos brasileiros. Mas seus rostos sofreram muito com o envelhecimento. Nada que não possa ser resolvido com uma simples plástica. Será que é o machismo que os impede de remover um pouco de pele e dar uma arrumadinha no visual, permitindo que possamos contemplá-los novamente sem sentir aquele mal-estar de ver a imagem de um ídolo se tornar tão decadente?


Mudando de canal


          A Globo não consegue mesmo se renovar.
          Galvão Bueno é o locutor esportivo mais odiado do Brasil, mas eles insistem em mantê-lo. Ninguém aguenta mais ver Faustão e Fantástico, mas não há santo que faça a emissora mudar sua grade. Manoel Carlos já escreveu umas trezentas novelas com suas Helenas, mas lá vai mais uma, pra encher o saco dos telespectadores.
          Depois não sabem porque a audiência está caindo.
          As outras redes também não conseguem se libertar da mania de copiar a Globo. Aos domingos , então, é um horror de programas de auditório, a começar do pré-histórico Programa Silvio Santos. Acho que eles não perceberam que o Brasil mudou.
          Pra quem tem antena parabólica, uma ótima opção é a TV Brasil, que está com uma grade renovada e cheia de coisas boas (não confundir com o Canal Brasil da SKY) e a TV Escola, com seus excelentes documentários. Também a TV Senado tem bons programas musicais aos domingos, pra quem gosta de música erudita e a TV Câmara fez uma série muito interessante, intitulada, Os Advogados contra a Ditadura. Aquilo daria uma ótima série de ficção, baseada em fatos reais.
          Está faltando coragem para mudar de canal, já que as grandes redes privadas não conseguem sair da mesmice.
           



           

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