quinta-feira, 25 de setembro de 2014

RAPIDINHAS


Um novo partido no horizonte?
     Engraçadas, essas eleições. O povo apoia Dilma e os mais pobres estão com medo de que ela perca. Mas então porque a pregação da direita ganha tanto espaço?
     A resposta é simples: as pessoas estão cansadas do PT. 
     Não é a Dilma que está mal. Ela vem fazendo um bom governo, um governo que está preparando o Brasil para dar um salto no futuro, investindo em infraestrutura e capacitação de mão de obra, em ciência e tecnologia, em inovação e produtividade, tudo isso enquanto melhora a renda dos brasileiros, tirando milhões da miséria, aumentando o mercado interno e aprofundando a independência do país.
     Mas enquanto isso o PT não para de dar trabalho, insistindo nos seus velhos esquemas de obtenção ilícita de recursos para financiar campanhas, dinheiro que acaba gerando uma enorme corrupção no governo, que Dilma tenta combater como pode.
     O problema é que ela depende do PT para se eleger. Se rompesse com o Partido agora e desse um murro na mesa, como só ela sabe dar, quase certamente seria banida da política por Lula e seus asseclas aloprados.
     Mas essa é sua última eleição. A partir do ano que vem ela pode romper com essa situação, fazendo no Brasil o que Chaves fez na Venezuela: fundar um novo partido que absorva a maioria das siglas que o apoiava, criando uma agremiação forte e sob seu controle.
     Isso, junto com uma reforma na lei eleitoral, criando a cláusula de barreira, serviria para acabar com essa multidão de partidos nanicos que só servem para sustentar pequenos líderes isolados, como o PV, Rede, PHS, PCO, PCB, PSTU e até mesmo o PSOL, que tirando Freixo e Jean Willys, ambos do Rio de Janeiro, não tem nenhuma expressão nacional.
     Serviria também para acabar de vez com esses partidos de aluguel como PSD, PROS, PSL, PRTB, PSC, PRB, PTdoB, PSDC e outros, que sustentam oportunistas como Eymael, Pastor Everaldo e Da Luz, que transformam a eleição num balcão de pequenos negócios.
      Um novo partido teria que incorporar a tradição sindicalista do PT, à herança trabalhista do PDT, das lutas democráticas do PMDB, da intelectualidade esclarecida do PSB, do marxismo dos Partidos Comunistas, do ambientalismo do PV  e o que há de mais contemporâneo na política, como o aprofundamento da democracia através do controle social sobre os governos, a diversidade sexual e o controle sobre o grande capital, que acaba dirigindo nossas vidas através dos financiamentos de campanha, e fazer as reformas que o Brasil espera há décadas; a educacional, a da saúde e a reforma urbana, enfrentando interesses que não foram sequer  tocados pela coligação liderada pelo PT.
     Será que ela teria coragem para e habilidade política para conduzir este processo?
     O fato é que a persistir a atual situação, a velha direita vai acabar ocupando o vazio político que o PT e seus coligados, no seu limite, estão deixando na política nacional.
    
     Alegria obrigatória

     A pior herança que a ditadura deixou na Bahia foi o mito criado por Antonio Carlos Magalhães de que os baianos são sempre alegres.
     Isso foi tão absorvido pela população de Salvador, que as pessoas melancólicas ou simplesmente pensativas, são discriminadas. 
     Enquanto isso os negros continuam nas favelas,  que não param de se multiplicar, a violência aumenta, enquanto os brancos e ricos, estes sim, se divertem à rodo fazendo campanha pela volta do Carlismo, que tantos privilégios garantiu a eles.
     Tudo isso alimentado pela rede Bahia de televisão, pertencente a família Magalhães, que continua promovendo o oba-oba religioso-carnavalesco, para manter anestesiada a consciência dos baianos, que já foram um povo de grandes lutadores.

Seca na Chapada Diamantina


    
      Depois de um inverno rigoroso e seco, o tempo quente dos últimos dias trouxe de volta as queimadas à Chapada. Em Rio de Contas os focos na Serra das Almas já se multiplicam e se aproximam perigosamente da cidade.
     As brigadas de incêndio já se mobilizam, mas a prevenção, como sempre, não acontece.
     Talvez os bombeiros daqui devessem fazer uma visita a Brasília e aprender com os bombeiros de lá, como prevenir e combater incêndios florestais no cerrado. Lá existem torres de observação, capazes de detectar e combater o fogo antes que se alastre, Aqui espera-se primeiro a catástrofe, para depois agir.
  


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