sexta-feira, 26 de junho de 2015

POLITICANDO

Hora de enfrentar a escalada fascista

     Não dá mais para achar que a campanha da direita para derrubar Dilma vai passar. A imprensa golpista, falada e escrita, junto com todo tipo de terroristas midiáticos na internet lançou uma campanha de ódio, muito bem orquestrada contra o governo legitimamente eleito do Brasil, numa tentativa de reimplantar uma ditadura pró americana, que impeça nosso país de alcançar a grandeza que americanos e europeus tanto temem.
     Nada disso é novidade. Fizeram a mesma coisa em 1954, para derrubar Getúlio Vargas, que havia ousado nacionalizar o petróleo e iniciar a industrialização do país. A campanha se baseava numa campanha contra a suposta corrupção do governo, odiosamente comandada por Carlos Lacerda, que ladrava feito um cão raivoso pedindo o golpe militar. O suicídio de Vargas adiou o golpe por 10 anos. Em 1964 nova campanha "contra a corrupção" desencadeou o golpe contra João Goulart, que ousara se aproximar da China e Rússia, rompendo a submissão aos Estados Unidos e aumentando o salário mínimo, criando o 13º salário e outros benefícios para os trabalhadores. 
     Padecemos 20 anos de ditadura, e na mudança para a democracia ainda assassinaram Tancredo Neves, o primeiro presidente civil, para colocar em seu lugar José Sarney, da confiança dos empresários golpistas e dos norte-americanos, que iniciou a privatização da nossa economia, processo que prosseguiria com Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, entregando nossas melhores empresas de mão beijada para estrangeiros, jogando o povo na mais absoluta miséria e o país nas mãos do FMI.

     Agora, quando Lula e Dilma, apesar dos pesares, começam a tirar o Brasil da trilha do subdesenvolvimento, com um programa pesado de investimentos em infraestrutura, que vai erradicar a seca no nordeste (transposição do São Francisco) reequipar nossas forças armadas com aviões supersônicos nacionais e submarinos nucleares, fazendo frente aos países imperialistas, aumentando o salário mínimo e tirando 40 milhões da miséria, transformando o Brasil em exportador de petróleo, vem novamente a direita com sua campanha raivosa, usando a corrupção  como desculpa para dar outro golpe e restabelecer um governo elitista, que privilegie a velha classe média, beneficiada pela ditadura militar e pelos governos de direita, para se tornar sua base de apoio, permitindo que militares e políticos do DEM, PSDB e outros saqueassem o país.
     A corrupção corria solta na ditadura. Quem se lembra das obras faraônicas superfaturadas pelo ministro Mário Andreazza? E do escândalo das mordomias? O governo de Fernando Henrique, no entanto, foi o mais corrupto de todos.  FHC entrou pobre e saiu rico do governo. Quem quiser saber dos detalhes leia o livro "A privataria tucana". Mas as velhas elites, beneficiadas, ficaram em silêncio, até começar a perder seus privilégios.


 Na campanha contra João Goulart os fascistas usaram a igreja católica, através das "marchas da família com Deus pela liberdade". Agora que os católicos não se deixam mais instrumentalizar, passaram a usar a igrejas neopentecostais, que alimentam uma campanha de ódio contra os negros, gays, nordestinos e qualquer outro segmento que não faça parte da velha elite colonizada e conservadora.
     O PT e o governo Dilma estão acuados e tentam apaziguar a direita cedendo às suas exigências, cada vez mais ousadas. Erro grave. Dilma tem que parar de recuar e convocar seus eleitores para o enfrentamento dessa corja de fascistas, que quer massacrar o povo, assassinar os que se levantam para defender o governo (na última semana ameaçaram de morte Jô Soares, por ter entrevistado Dilma, e a deputada Maria do Rosário, por defender os direitos humanos).

     A escalada no Congresso não pára, com o canalha Eduardo Cunha comandando uma "reforma constitucional" ao seu bel prazer, sem consultar o povo, única fonte legítima do poder, com o único objetivo de defender os interesses econômicos que financiaram a sua campanha.
     Na internet a campanha de ódio só cresce e já resulta em agressões físicas, como a que sofreu a garota de 12 anos, apedrejadas por "evangélicos", por ser adepta do candomblé.
     É preciso pará-los agora, antes que seja tarde.
     Não se trata mais de defender este governo, mas de defender a democracia e a liberdade, tão duramente construídas, do ataque dos fascistas, financiados por países estrangeiros, para colocar nosso país e nosso povo de joelhos novamente.
    

    

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