LIGA DOS CAMPEÕES
Meus amigos, esta semana começam as semifinais da liga dos campeões da Europa. Barcelona e Bayern de Munique jogam amanhã e Borússia Dortmund e Real Madrid disputam a outra vaga para a grande final !
O time catalão, apesar de jogar o melhor futebol entre as quatro equipes, vai enfrentar os bávaros do Bayern, uma equipe extremamente forte, fisicamente, e tecnicamente bastante aplicada.
O clube merengues, por sua vez, vai à Dortmund enfrentar o emergente europeu, que ao lado da sua fanática torcida - tem a melhor média de público do mundo, com aproximadamente 80.000 pessoas por partida - e comandada pelo excelente atacante Lewandowski e pode surpreender a constelação de craques de Madri.
Esta fase da Champions é o retrato do futebol mundial, com as quatro equipes sendo base das seleções da Espanha e da Alemanha, a meu ver, as melhores seleções do futebol mundial e favoritíssimas, ao lado da Argentina, Itália e Holanda, ao título da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Faltando um ano para a Copa, espero que eu esteja equivocado e que a verde e amarela esteja entre as favoritas quando começar a competição !
Faltando um ano para a Copa, espero que eu esteja equivocado e que a verde e amarela esteja entre as favoritas quando começar a competição !
SEM A
CARA DA RIQUEZA
À partir do artigo de ZÉ
ROBERTO
Para não dizer que sou implicante com nossos treinadores, fui ao Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, assistir Céu sobre Chuva de Botequim, encenada por Xando Graça, Márcia do Valle, Andréa Dantas, Rogério Freitas, Nil Neves, Marcello Dias, Vandré Silveira, Dai Bonfim, e os músicos Fabinho de Lelis e Luciano Moreira, escrita pelo consagrado Gianfrancesco Guarnieri e dirigida pelo também consagrado Antonio Pedro.
Para não dizer que sou implicante com nossos treinadores, fui ao Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, assistir Céu sobre Chuva de Botequim, encenada por Xando Graça, Márcia do Valle, Andréa Dantas, Rogério Freitas, Nil Neves, Marcello Dias, Vandré Silveira, Dai Bonfim, e os músicos Fabinho de Lelis e Luciano Moreira, escrita pelo consagrado Gianfrancesco Guarnieri e dirigida pelo também consagrado Antonio Pedro.
Em nenhum
dos 90 minutos da peça a apresentação dos atores foi interrompida por um gesto
qualquer da direção. Os
aplausos foram para os artistas, o reconhecimento, a admiração, ficou embutida
ao comandante que os ensaiou durante a semana, lhes dando orientação e
segurança para atuar.
No cinema
não é diferente.
Você
assiste E.T. e cultua Steven Spielberg, e quando ARGO leva o Oscar sabemos que
o talento do diretor premiado Ben Aflleck é que está por trás das lentes.
Sendo
assim, porque no espetáculo futebol o diretor precisa ficar ao lado do palco,
exposto ao sol, à chuva, às chacotas dos torcedores, raramente aplaudidos?
A cena em
que meu amigo Abel Braga deixou o Estádio Raulino de Oliveira expulso, contra o
Flamengo, foi constrangedora.
No lugar
de ter sua imagem preservada, como técnico reconhecido e vitorioso, o país
assistiu um senhor de 60 anos, quem sabe com netos, saindo de cena repreendido
por um anônimo mediador como um colegial desobediente que não sabe se portar
perante as regras estabelecidas.
Está mais
do que na hora dos nossos treinadores repensarem sua postura, deixarem que seus
craques, sejam livres para ousar e novamente os verdadeiros protagonistas da
partida.
Se são
“professores”, devem continuar dando aulas e permitindo que seus alunos façam
sozinho suas provas.
Domingo,
contra o Bangú, Abel era um homem à beira de um ataque de nervos num jogo que
não mexia com os nervos de ninguém. Que
liderança há de surgir nas quatro linhas se o improviso, a inteligência, os
reflexos são tolhidos por aquela figura impávida, gestos estudados,
marquetizados, que ninguém em campo escuta ou lhes dá atenção?
Volta
Abel, retorna Osvaldo de Oliveira ao banco de reservas, abandonem seu
burródromo durante as semifinais da Taça Rio, dando exemplos e deixando seus
atletas retirarem da cartola algo diferente em cima do sistema tático que estabelecerem.
Ou alguma
obra de arte do nosso futebol, como a bicicleta, o elástico, a folha-seca e a
caneta tiveram a co-autoria de algum treinador?
Fico a
imaginar se Leonardo da Vinci, Picasso, Portinari conseguiriam retratar sua
magia com um tagarela destes ao seu lado. Oscar Niemeyer, então, teria
antecipado a desarmonia interna, não desenhado a harmonia externa do Senado, da
Câmara dos Deputados se JK ficasse dando palpites ao lado da sua prancheta.
O
Maracanã já tem a cara da FIFA.
Como uma
bolsa Louis Vitton, bonita, é claro, cara e pasteurizada que você encontra em
Wembley, no Parque dos Principes, no Santiago Bernabeu, será inaugurado no
próximo sábado sem a cara da nossa riqueza – que no futebol era a diversidade
traduzida na geral e entre os divertidos arquibaldos.
Debaixo de gritos como toca, marca, volta e,
principalmente, pega, inibindo cada ato de criação, que outros Zico, Gérson,
Romário e Rivelino pisarão naquele tapete para fazer o mundo, outra vez,
literalmente sucumbir aos nossos pés?
Fonte: Blog do Juca Kfouri
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