Coréia x Estados Unidos
A crise da Coréia com os Estados Unidos já está enchendo o saco.
Se não vão atacar, então parem de ficar ameaçando, porque ninguém mais está acreditando.
Mas a briga ali é páreo duro. De um lado a maior potência imperialista do planeta quer manter a tensão entre as duas Coréias, para justificar a manutenção das suas bases na região. Do outro uma república comunista "monárquica", onde a sucessão dos presidentes passa de pai pra filho, como se fossem reis, e onde o novo "dirigente supremo" precisa mostrar força e decisão para conseguir obter a lealdade das forças armadas.
Uma merda total.
O melhor cenário para o mundo seria a reunificação das duas Coréias, mas Japão, China e Estados Unidos morrem de medo que isso aconteça, pois os dois países reunidos teriam uma força econômica, política e militar enorme. Todos preferem mantê-los divididos, por medo, e os coreanos parecem não saber como sair desta armadilha.
Mas pensando ainda na possibilidade de uma guerra, acredito que os coreanos tem a vantagem de sua vizinhança. Os americanos não teriam como destruir a Coréia, vizinha da Rússia e da China, sem despertar fortes reações desses dois países.
Tomar a Coréia do Sul seria fácil para os norte-coreanos, que tem um exército de 1 milhão de homens. Em poucas horas eles tomariam tudo, como fizeram em 1950. O difícil seria segurar o que viria depois, com a provável invasão de uma força da OTAN, nos moldes do Iraque ou Afeganistão, com armas muito mais modernas.
Os traficantes de armas estão excitadíssimos com a possibilidade de uma nova guerra, que lhes daria um lucro astronômico. Inclua-se nisso as empresas que fabricam armamentos nos países exportadores de armas, como Rússia, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Bélgica e Israel.
Milhões iriam morrer, mas que importa, desde que a guerra não seja no território deles?
Além disso, uma guerra convencional na península coreana seria um ótimo campo de experimentos para novas armas, que estão sempre saindo das pranchetas.
Mas e se a guerra fosse atômica? Bom, isso é pouco provável, mas nunca se sabe, quando se tem um "presidente" inexperiente e necessitando se afirmar junto à uma imensa burocracia estatal e uma economia baseada na militarização do país, como na Coréia do Norte.
De qualquer forma os americanos ficaram preocupados, afinal invadir países pequenos e desarmados é a especialidade deles, mas enfrentar uma potência atômica é outra história. Por mais cautelosos que eles sejam, há sempre a possibilidade deles levarem uma bomba numa de suas bases no pacífico, ou o que é pior, em seu próprio território, o que seria desmoralizante e prejudicaria uma economia que há cinco anos está patinando para se recuperar de uma crise.
Aliás, se eles ainda não invadiram a Coréia do Norte é porque eles conseguiram a bomba, senão, já teriam sido varridos do mapa. E o líder coreano sabe muito bem disso, por isso mostra suas armas.
De qualquer forma, se fizermos um retrospecto, a possibilidade da Coréia do Norte invadir o sul, que aliás faz parte da sua própria nação, é bem menor do que a dos americanos atacarem.
Nos últimos três séculos as invasões americanas em países do mundo inteiro já ultrapassam mais de 100. Além disso eles foram o único país até hoje a lançar um ataque nuclear, em Hiroxima e Nagazaki, duas cidades japonesas, provocando um holocausto instantâneo de centenas de milhares de homens, mulheres e crianças, a grande maioria civis desarmados, com a desculpa de que queriam "abreviar a guerra".
Os americanos são, sem dúvida, um país predador, que aterroriza o mundo inteiro. São como o gato da história, que devorava os ratinhos, até que um deles teve a idéia de colocar um guizo no seu pescoço, para saber quando ele se aproximava. O problema era: quem iria colocar o guizo no pescoço do gato? Parece que a Coréia do Norte está disposta a se sacrificar e que seu presidente é louco o bastante para isso.
Para ver a lista dos países que os Estados Unidos já invadiram até hoje, entrre no link abaixo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário