terça-feira, 8 de outubro de 2013

RAPIDINHAS

Giap
     Morreu na sexta-feira, dia 04 de outubro, aos 102 anos, o herói vietnamita, que venceu primeiro os franceses e depois os norte-americanos, nas lutas pela independência da antiga Indochina: General Nguyen Giap.
     Gênio militar, seu maior mérito foi provar que mesmo uma potência imperial, armada até os dentes, pode ser derrotada por um pequeno país, desde que seu povo esteja decidido a lutar por sua libertação.

 Ladeira abaixo


     Os Estados Unidos enfrentam a maior crise política do século XXI, com a intransigência dos republicanos em aprovar o orçamento do país, até que o presidente Obama, desista ou adie a implementação da reforma da saúde que estendeu a milhões de norte-americanos a assistência gratuita. O impasse provocou o fechamento das agências federais e está levando o país à paralisia.
     A postura medieval dos republicanos, que também são contra o ensino da teoria da evolução de Darwin nas escolas, o casamento gay, a integração dos imigrantes explorados na sociedade e contra o controle de armas, mostra o que há por trás da potência que se acha com direito de intervir no mundo inteiro, com poderes de polícia, por se considerar "moralmente superior", segundo a tese da excepcionalidade americana defendida por Obama na ONU.
     Enfrentando também uma crise econômica prolongada, a perda de liderança da grande nação do norte se acentua, com a abertura de conflitos com o Brasil (pela espionagem), Venezuela (a embaixadora americana se reunia com a oposição golpista para ouvir suas opiniões), Irã, Coréia do Norte, Rússia, Siria, esta semana com a pequena Ruanda e muitos outros países, criando problemas por toda parte e fazendo com que sua importância no mundo diminua a cada ano.

Tragédia em Lampeduza

     O naufrágio de uma embarcação com 500 imigrantes clandestinos africanos, a apenas 1 km da ilha de Lampeduza, na costa italiana, que resultou na morte de mais de 300 deles, entre os quais dezenas de crianças, revela a indiferença da sociedade européia em relação à pobreza da África. 
     Não é possível que um barco assim tão lotado, à deriva e pedindo socorro, tão próximo à costa, não tenha sido percebido pela guarda costeira da Itália, tão eficiente em impedir os desembarques de clandestinos.
     Muitos sobreviventes denunciaram que outros barcos passaram ao lado e se negaram a ajudar, com certeza por identificá-los como imigrantes africanos.
     Essa é a Europa civilizada ou apenas a Europa egoísta?
  
    

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