Incomodando
A publicação da revista britânica The Economist, criticando a performance da política econômica brasileira não é nenhuma novidade. Para eles o Brasil só vai bem, quando serve de campo de caça para suas empresas realizarem lucros astronômicos, em detrimento dos interesses do povo brasileiro.
Uma política como a do Governo Dilma, que busca lançar as bases para o crescimento futuro, longo e sustentado do país, não interessa às grandes empresas transnacionais, sempre interessadas em lucro fácil e rápido.
Muito menos ao setor financeiro, hoje hegemônico na economia mundial, cujos interesses aquela publicação representa.
Mas falar mal do Brasil não é novidade para ingleses e americanos. Eles são especialistas em denegrir nossa imagem, tentando sempre impedir que os investidores tragam seus capitais para cá, o que representaria um grande risco para a economia combalida dos países ricos do hemisfério norte.
Nunca é demais lembrar que foi depois da primeira guerra mundial, quando grandes capitais fugindo da europa migraram para os Estados Unidos, que se iniciou o longo ciclo de crescimento da economia daquele país, levando-o a supremacia econômica no século XX.
Muito capital já migrou para a Ásia, China e Coréia especialmente, e continua migrando para a Indonésia, África e Turquia. Se uma nação com tanto potencial como o Brasil se tornar realmente atrativa isso poderá fazer os investimentos minguarem de vez, numa Europa que se debate com políticas econômicas ultraconservadoras que vão destruindo a liderança construída nos últimos 200 anos.
É preciso, portanto, desacreditar o Brasil, desmotivar os investidores, até para disfarçar o péssimo desempenho da economia britânica nos últimos anos, que se debate entre o crescimento zero e o negativo.
Mas a reportagem soa ainda mais ridícula quando diz que o Brasil não está investindo o necessário em infraestrutura, justamente no momento em que a presidente Dilma Roussef abre um seminário em Nova York sobre as oportunidades de investimento no setor, mostrando os grandes planos, as dificuldades e gargalos que temos que superar.
A conclusão óbvia é a de que o Brasil está incomodando. Não porque esteja prejudicando ninguém, mas porque está indo ao encontro de seus próprios interesses e pavimentando o caminho para o futuro, em detrimento da tradicional rapinagem das antigas potências coloniais européias e da águia gigante norte-americana.
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