quarta-feira, 27 de março de 2013

POLITICANDO

Como "eles" agem
     Reproduzimos abaixo, texto do site Opera Mundi, sobre o plano de desestabilização que os americanos montaram na venezuela, para derrubar o ex-presidente Chavez, revelado pelo site Wikileaks. Utilizando ONGs criadas, aparentemente para defender os direitos humanos e as liberdades individuais, os americanos tramavam a derrubada do governo socialista de Chavez, para defender os interesses de suas empresas e de sua hegemonia na região.
     Sem dúvida, o documento é um alerta para todos os países da América Latina.
     Para ler o texto original, acesse o link abaixo:
Passo a passo, o plano da Usaid para acabar com o governo
 Chavez.

Após o fracasso do golpe contra Hugo Chávez em 2002, a embaixada norte-americana em Caracas resolveu tomar para si a tarefa de reorganizar a oposição venezuelana, apostando em uma estratégia de longo prazo que minaria o poder do governo. Em agosto de 2004, mesmo mês do referendo revocatório promovido pela oposição com amplo apoio da missão norte-americana, o texano William Brownfield chegou a Caracas, nomeado por George W. Bush, para assumir o posto de embaixador no país. Pragmático e sucinto, William Brownfield (foto ao lado) elaborou um plano de 5 pontos para acabar com o chavismo em médio prazo, como revela um documento do Wikileaks analisado pela Agência Pública.
     O documento secreto, enviado por Brownfield a Washington em 9 de novembro de 2006, relembra as diretrizes traçadas dois anos antes.
     “O foco da estratégia é:
     1) Fortalecer instituições democráticas,
     2) Infiltrar-se na base política de Chávez,
     3) Dividir o Chavismo,
     4) Proteger negócios vitais para os EUA,
     5) Isolar Chávez internacionalmente”,
escreveu Brownfield, hoje secretário anti-narcóticos do Departamento de Estado – órgão que cuida do treinamento de forças policiais estrangeiras pelos EUA, em vários países latinoamericanos.
     Entre 2004 e 2006, a Usaid (Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional) realizou diversas ações para levar adiante a estratégia divisada por Brownfield, doando nada menos de US$ 15 milhões a mais de 300 organizações da sociedade civil. A Usaid, através do seu Escritório de Iniciativas de Transição (OTI) – criado dois meses depois do fracassado golpe – deu assistência técnica e capacitação às organizações e colocou-as em contato com movimentos internacionais. Além disso, explica o documento, “desde a chegada da OTI foram formadas 39 organizações com foco em advocacy (convencimento); muitas dessas organizações são resultado direto dos programas e financiamentos da OTI”.
     Um dos principais objetivos da Usaid era levar casos de violações de direitos humanos para a corte interamericana de Direitos Humanos com o objetivo de obter condenações e minar a credibilidade internacional do governo venezuelano. Foi o que fez, segundo o relato do ex-embaixador, o Observatório das Prisões Venezuelanas, que conseguiu que a Corte emitisse uma decisão requerendo medidas especiais para resolver as violações de direitos humanos na prisão ‘La Pica’, no leste do país. Outra organização, a “Human Rights Lawyers Network in Bolivar State” (rede de advogados de direitos humanos no estado de Bolívar), apresentou à Corte Internacional um caso de massacre de 12 mineiros pelo exército Venezuelano no estado de Bolívar. O grupo foi criado, segundo Brownfield, “a partir do programa da Freedom House, e um financiamento da DAI distribui pequenas bolsas no programa”.
     A empresa DAIDevelopment Alternatives Inc – foi de 2004 a 2009 a principal gerente da verba da Usaid no país, tendo distribuído milhões de dólares a diversas organizações a partir da estratégia do governo norte-americano.
     Ela desembolsou, por exemplo, US$ 726 mil em 22 bolsas para organizações de direitos humanos, segundo o documento do WikiLeaks. Também ajudou a criar o Centro de Direitos Humanos da Universidade Central da Venezuela. “Eles têm tido sucesso em chamar a atenção para o Direito de Cooperação Internacional e à situação dos direitos humanos na Venezuela, como uma voz nacional e internacional”, explica o texano Brownfield no despacho diplomático.
     Outras áreas nas quais financiamento para ONGs ajudaria a concretizar a estratégia americana incluíam tentativas de neutralizar o “mecanismo de controle Chavista”, que utiliza “vocabulário democrático” para apoiar a ideologia revolucionária bolivariana, nas palavras do diplomata. “A OTI tem lutado contra isso através de um programa de educação cívica chamado ‘Democracia entre nós’, cujo princípio era ensinar ao povo venezuelano o que, de fato, significava democracia. Programas educacionais dirigidos, como tolerância política, participação e direitos humanos já atingiram mais de 600 mil pessoas”, diz o documento.

     Dividindo o chavismo

     Em seguida, o documento detalha as estratégias para “dividir o chavismo”, baseadas na concepção de que Chávez tentava “polarizar a sociedade venezuelana usando uma retórica de ódio e violência”. O remédio, na cabeça de Brownfield, seria dar auxílio a ONGs locais que trabalham em “fortalezas Chavistas” e com os “líderes Chavistas” para “contra-atacar a retórica” e “promover alianças”. Os esforços da Usaid neste sentido custaram US$ 1,1 milhão para atingir 238 mil pessoas em mais de 3 mil fóruns, workshops e sessões de treinamento, “transmitindo valores alternativos e dando oportunidade a ativistas de oposição de interagirem com Chavistas, obtendo o desejado efeito de tirá-los lentamente do Chavismo”.
     Exemplos são o grupo “Visor Participativo” composto por 34 ONGs formadas e supervisionadas pela OTI, para trabalhar no fortalecimento das municipalidades. “Enquanto Chávez tenta recentralizar o país, a OTI, através do Visor, está apoiando a descentralização”, escreve Brownfield.
     Outra iniciativa, a custo superior a US$ 1,2 milhões, promoveu a criação de 54 projetos sociais em toda a Venezuela “permitindo visitas do Embaixador a áreas pobres do país e demonstrando a preocupação do governo dos EUA com o povo venezuelano”, detalha Brownfield. “Esse programa confunde os bolivarianos e atrasa a tentativa de Chávez usar os EUA como um ‘inimigo unificador’”.
     Com o objetivo de “isolar Chávez internacionalmente”, o embaixador gaba-se de que a USAID, através das ONG americana Freedom House, financiou viagens de membros de organizações de direitos humanos da Venezuela ao México, Guatemala, Peru, Chile, Argentina, Costa Rica e Washington. “Além disso, o DAI trouxe dezenas de líderes internacionais à Venezuela e também professores universitários, membros de ONGs e líderes políticos para participarem de workshops e seminários, para que eles voltassem aos seus países de origem entendendo melhor a realidade da Venezuela, tornando-se fortes aliados da oposição venezuelana”.
     Brownfield termina o documento, escrito em 2006, com um alerta: “Chávez deve vencer a eleição presidencial de 3 de dezembro e a OTI espera que a atmosfera para o trabalho na Venezuela se torne mais complicada”. De fato, o embaixador saiu do país no ano seguinte, assumindo o mesmo posto na Colômbia antes de ser designado pelo governo Obama para cuidar de cooperação policial com outros países.
     Antes de Brownfield assumir a política dos EUA para a Venezuela o Escritório de Iniciativas de Transição (OTI) focava sua atuação no fortalecimento dos partidos políticos de oposição – como mostra outro documento do WikiLeaks, de 13 de julho de 2004 – incluindo um projeto de US$ 550 mil destinado a promover consultorias de especialistas latinoamericanos em liderança política e estratégia aos partidos, e um projeto de US$ 450 com o International Republican Institute (IRI) – do Partido Republicano -  para treinar os partidos de oposição a “delinear, planejar e executar campanhas eleitorais” em “escolas de treinamento de campanha”.
     Em 2010, sob crescente pressão do governo venezuelano, o escritório da OTI no país foi fechado, e suas funções foram transferidas para o escritório para América Latina e Caribe da Usaid.

PAPO DE ARQUIBANCADA

A "NOVA ERA" FELIPÃO


          Meus amigos, particularmente, nunca fui fã do trabalho do atual comandante da nossa seleção. Não encontrei nas equipes em que ele dirigiu, um futebol vistoso: Scolari sempre preferiu um futebol tático e de resultados.
          Agregador ele é, e talvez esteja aí a fórmula do seu sucesso. Claro que não serei tolo ao ponto de não reconhecer isso, contudo, como admirador de futebol sempre acredito que é possível ser campeão praticando esta arte, vide o Barcelona e a seleção espanhola.
          A missão do técnico Felipão, desta vez não será tão simples como na sua última passagem pela seleção brasileira. Há uma entressafra no futebol brasileiro e craques hoje em dia estão escassos. 
          Neymar está mais preocupado com seu visual fashion e com sua namoradinha global e os veteranos Ronaldinho Gaúcho e Kaká já não tem mais o gás necessário para levar a seleção canarinho ao título, este último nem tem justificado sua convocação. A família Scolari não tem mais o fôlego do incansável Cafu, nem a categoria e o chute certeiro do lateral Roberto Carlos. Rivaldo está se aposentando no São Caetano e Ronaldo fenômeno, agora é garoto propaganda.
          Luiz Felipe Scolari se deu ao luxo de barrar o baixinho Romário, quando uma campanha nacional exigia sua convocação. Em tempos de vacas magras, é preciso que a família Scolari faça um pacto para que possamos ir o mais longe possível na copa, o que não acredito muito. Um grande teste será a Copa das Confederações em junho. Vamos ficar na torcida !

POESIA DA SEMANA

 Praça Tiradentes, Ouro Preto - MG

     Caros leitores, a poesia desta semana tem um sabor muito especial para mim. Estivemos em Ouro Preto, Minas Gerais, onde visitamos o Museu da Inconfidência e nos deleitamos com o acervo arquitetônico da cidade. Tomamos um bom vinho com caldo de ervilhas e legumes, acompanhados de torradas e um provolone delicioso, na Casa dos Caldos depois de comprarmos peças esculpidas em pedra-sabão na feirinha de artesanatos.
     Especial mesmo foi ter lido O amor infeliz de Marília e Dirceu, de Augusto de Lima Júnior que narra a estória de amor entre Dirceu, pseudônimo do inconfidente Tomaz Antônio Gonzaga e Marília, pseudônimo de sua amada, Maria Dorotéia, podendo ver e sentir na pele toda a história que exala na antiga Vila Rica.
     Inebriado por toda aventura no tempo do império, publico a Lira XVII de Dirceu para sua amada Marília:


 Lira XVII


Minha Marília,
Tu enfadada?
Que mão ousada
Perturbar pode
A paz sagrada
Do peito teu?
Porém que muito
Que irado esteja
O teu semblante!
Também troveja
O claro Céu.

Eu sei, Marília,
Que outra Pastora
A toda hora,
Em toda a parte
Cega namora
Ao teu Pastor.
Há sempre fumo
Aonde há fogo:
Assim, Marília,
Há zelos, logo
Que existe amor.

Olha, Marília
Na fonte pura
A tua alvura,
A tua boca,
E a compostura
Das mais feições.
Quem tem teu rosto
Ah! não receia
Que terno amante
Solte a cadeia,
Quebre os grilhões.

Não anda Laura
Nestas campinas
Sem as boninas
No seu cabelo,
Sem peles finas
No seu jubão.
Porém que importa?
O rico asseio
Não dá, Marília,
Ao rosto feio
A perfeição.

Quando apareces
Na madrugada,
Mal embrulhada
Na larga roupa,
E desgrenhada
Sem fita, ou flor;
Ah! que então brilha
A natureza!
Então se mostra
Tua beleza
Inda maior.

Tomaz Antônio Gonzaga

DESTAQUE

Rock in Rio, o musical
     Aproveitei o final de semana no Rio para assistir este espetáculo, numa noite só para convidados, em que tivemos a alegria e o prazer de recebermos o convite de Marta Ferreira, que nos hospedou em Niterói.
     O musical tem duas partes, a primeira com 1,50 h. de duração, seguida por um intervalo de 15 minutos e a segunda parte com mais uma hora. Pensei que fosse ser cansativo, mas nem vi a hora passar.
     O espetáculo é lindo e emocionante, trazendo de volta a história do primeiro festival, junto com a situação política que se vivia no Brasil, no final da ditadura, e a luta dos estudantes pela redemocratização do país.
     Os atores-cantores são fantásticos, com destaque para Lucinha Lins e Guilherme Leme (eu nem sabia que ele cantava), ambos em grande forma, além de um grande elenco de atores jovens, que cantam e dançam impecavelmente.
     Foram muitas lágrimas ao longo do espetáculo, lembrando a luta estudantil da qual também participei, no final dos anos 70, início dos 80, junto com as músicas que marcaram aquela época.

Clique no link e assista um clipe do musical :

     Além do espetáculo, foi uma oportunidade única para conhecer a "Cidade das Artes", gigantesco centro cultural na Barra da Tijuca, local do imenso teatro onde está sendo apresentado o musical.
    
    Minha primeira reação, como arquiteto, foi achar aquele espaço um absurdo, um gasto desnecessário, um palácio das artes que ostenta grandeza e riqueza e oprime um pouco o usuário. Dinheiro que poderia ter financiado muitas produções. Mas ao entrar no teatro e perceber a sua dimensão, entendi um pouco daquele gigantismo. O Rio de Janeiro merecia um espaço daqueles, que por sinal estava sendo inaugurado naquele dia.
     Foi, portanto, um privilégio poder estar ali, naquele momento, onde o espetáculo estava sendo apresentado completo pela primeira vez, inaugurando aquele espaço que com certeza vai ter um papel muito importante na história da cultura brasileira.
     Quem dera os gestores das cidades brasileiras dessem tanta importância à cultura.
     Se você, leitor, tiver oportunidade, não perca esse espetáculo maravilhoso.


CLIPE DA SEMANA

O clipe da semana é da música POEMA, texto do Cazuza, música de Frejat, na voz incomparável de Ney Matogrosso.



Clique no link e ouça a música:

RAPIDINHAS

E se eles atacarem?
     Ninguém está dando a menor bola para as ameaças da Coréia do Norte, de atacar a Coréia do Sul.
     Mas e se eles resolvessem atacar e resolver este conflito, paralisado há 60 anos, sem que se chegasse a uma solução? Seul, a capital sul-coreana, fica muito perto da fronteira entre os dois países, e poderia ser conquistada rapidamente pelo imenso exército da Coréia do Norte.
     Os 35.000 soldados norte-americanos estacionados por lá, não poderiam fazer muito para deter os norte-coreanos, que dispõem de armas atômicas e misseis nucleares.
     Claro que os americanos tem poder para pulverizar a Coréia do Norte em poucas horas, mas se fizessem isso, condenariam à morte também os sul-coreanos, que seriam afetados pela radiação e ainda levariam de troco algumas bombas nucleares nas suas bases do pacífico, e quem sabe, talvez em alguma cidade do próprio continente americano, na costa do pacífico.
     Seria um preço muito alto a pagar para defender um pequeno país como a Coréia do Sul.
     Uma invasão americana em larga escala levaria semanas para ser efetivada e ainda contaria com a oposição da China, que faz fronteira com a Coréia do Norte e poderia intervir rapidamente, como fez em 1950.
     A verdade é que se eles atacarem as chances de uma vitória norte-coreana são grandes. E de se inicar uma guerra atômica também.
Márcio Farias é processado
     O prefeito de Rio de Contas, Márcio Farias, está sendo processado pelo Ministério Público, com base em denúncia de compra de votos, durante as últimas eleições municipais.
     Dia 25 último houve a primeira audiência do processo. Devido à falta de uma testemunha de defesa, o juiz ficou de marcar uma segunda audiência, em data que deve ser conhecida na próxima semana.
     Enquanto isso a situação política na cidade se agrava, com a população cada vez mais dividida e a administração pública paralisada.
     Para maiores informações, acessem o link abaixo:
http://www.l12.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2877%3Aaudiencia-contra-o-prefeito-de-rio-de-contas-acontece-na-segunda&catid=113%3Atopo&Itemid=133
"Sexton" faz sucesso no Rio de Janeiro
     A peça Sexton, vencedora do edital de dramaturgia do Banco do Brasil e montada por um grupo de Brasília, entra na sua quarta semana de apresentação no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, sempre de casa cheia.
     Dentre os atores, Mário Luz, que começou sua vida como ator em Rio de Contas, tem participação destacada. Como seu pai, não posso deixar de me sentir orgulhoso e não podia deixar de ir até lá para assisti-lo. Na foto acima, estou junto com ele, na foto, além de meus amigos, Marta Ferreira, Lilian Brower Gomes e seu esposo, o francês Didier, e Eliane Lima.
     Mas elogiar apenas Mário seria uma injustiça. O elenco todo é fabuloso, com destaque para a atriz principal, Jéssica Cardoso, que faz o papel da poeta norte-americana Anne Sexton.
     O texto é de uma intensidade dramática muito grande e fala sobre as dificuldades para uma poeta vivenciar toda sua sensibilidade em meio a uma sociedade que cobra das mulheres os papéis tradicionais de mãe e esposa.  A direção é de Rodrigo Fischer e o elenco traz os atores Jessica Cardoso, Mário Luz, Paulo Wenceslau, Gaivota Neves, Jeferson Alves e Karol Oliveira.

   

HUMOR TRANSATLÂNTICO


Ensino médio brasileiro


TRIBUNA ABERTA

        Esta semana, recebemos o e-mail do leitor Alex Castro, estudante de direito, que, ao ler a coluna POLITICANDO da semana passada, cujo tema foi Uma justiça frouxa, nos enviou seu comentário acerca do assunto.  Agradecemos sua participação Alex, segue seu comentário.
          Participe você também do Blog O PAIZ, mande sua sugestão.


Adriano e Ricardo, como vão?


Li o texto hoje, excelente escrita, passível a causar diversas discussões. Contudo, sem confrontar o ideal por trás da opinião expressa na coluna, temos que considerar alguns aspectos jurídicos que podem dar margem às críticas dos "sabichões". No caso da fase recursal, entende-se pela possibilidade do até então réu aguardar em liberdade (correspondendo aos requisitos previstos em lei), pois, a sentença não transitou em julgado, ou seja, a sentença ainda não é imutável, uma vez que não se esgotaram as possibilidades de interpor recurso. Então, aplicando-se o princípio da presunção da inocência - in dubio pro reo, pois, sem trânsito em julgado da sentença não há condenação,  vemos tais casos onde o réu aguarda a condenação ou não em liberdade. Concordo plenamente com a crítica aos rábulas desonestos, que se aproveitam das falhas que necessitam ser sanadas na legislação para desvirtuar uma profissão que deveria ser sinônimo de orgulho e virtudes, aliás, é por causa destes que ouvimos sempre: "advogado é tudo ladrão". Ademais, repito, o texto está muito bom, dotado de uma reflexão que aborda vários temas vinculados, que são objeto de amplas discussões e divergências pelos mais respeitados doutrinadores do Direito.
Parabéns pelo texto! um forte abraço!!
Alex Castro 
Uma justiça frouxa
Clique no link e leia a matéria na íntegra:


domingo, 17 de março de 2013

POLITICANDO

Uma justiça frouxa
     Na semana internacional da mulher, tivemos o julgamento de dois acusados de mandar matar ex-companheiras, Bruno, ex-goleiro do Flamengo e Mizael, ex-PM de São Paulo. Todos dois mataram as mulheres por motivos torpes e com requintes de crueldade. E as penas? Bom, para Bruno foram apenas 22 anos, sendo que se ele for "bem comportado" na prisão, poderá cumprir apenas 1/6 da pena em regime fechado, ou seja, pouco menos de 4 anos. Se descontarmos o que ele já cumpriu esperando o julgamento, logo, logo, este monstro, que mandou esquartejar a mãe de seu filho e atirá-la aos cães, estará de novo nas ruas, pronto para praticar mais crimes hediondos como esse.
     Para Mizael foram 20 anos, o que significa que ele poderá estar nas ruas novamente dentro de apenas 3 anos e 4 meses, pronto para assassinar outra vez uma mulher que o rejeite, mandando ocultar seu cadáver numa lagoa, como fez com sua ex-noiva.
     Este tipo de situação tem se tornado cada vez mais comum, tornando o trabalho da polícia e da justiça, inócuo.
     De que adianta todo o esforço para identificar assassinos, prendê-los e julgá-los se nossas leis tem "pena" dos criminosos e dão sempre um jeito de soltá-los? Antes não era assim. Um criminoso condenado a 30 anos, cumpria os 30, na dura. Depois do governo FHC, com seu liberalismo que visava esvaziar as cadeias para não ter despesas, essas leis com atenuantes foram aprovadas e a justiça virou uma verdadeira farsa.
     Já não basta considerarmos assassinos de 17 anos, como "criancinhas inocentes", pelo ultra-liberal  Estatuto da Criança e do Adolescente, já não basta não termos a pena de morte, nem a prisão perpétua, ainda por cima vieram com esses atenuantes, para tirar da cadeia as pessoas mais perigosas do mundo.
     Isso sem falar na possibilidade de gente condenada, recorrer e "responder em liberdade", enquanto a justiça leva anos e anos para rever suas penas. Não sei pra que tanto direito a recurso, mas se eles existem, então a pessoa devia ao menos recorrer enquanto cumpria sua pena, partindo do princípio de que, enquanto a pena não for "reformada" (para mais ou para menos) ela está valendo.  
     Mas no Brasil é o contrário. A sentença de um júri ou de um juiz não vale nada. O sujeito sempre pode dar um jeito de recorrer e permanecer em liberdade. Há casos incríveis, em que mesmo o réu tendo sido condenado e perdido todos os recursos, o juiz considerou que ele podia permanecer em liberdade "por ter endereço conhecido e não oferecer risco à sociedade". Ora, se não oferecesse risco, não teria sido condenado.
     Esse tipo de legislação motiva os advogados dos criminosos a fazerem verdadeiras encenações, tripudiando da justiça para conseguir vantagens processuais, explorando as "firulas" dos processos, deixando de lado seu compromisso com a verdade. Uma coisa é dar a todo réu o direito de defesa, outra é permitir que seus advogados debochem da justiça e da cidadania.
     Vejam o caso dos condenados do mensalão, o maior escândalo de corrupção política dos últimos tempos. Apesar de terem sido julgados e condenados pela mais alta corte do país, estão por aí, soltinhos, exercendo seus mandatos de deputados, ridicularizando a justiça que os condenou e o povo brasileiro.
     Na verdade por trás disso tudo está um princípio liberal, dos tempos do filósofo francês renascentista Rosseau, que dizia que "todo ser humano nasce bom" e que a sociedade é que os torna maus, o que fundamenta a crença de que todos os bandidos são apenas vítimas do sistema. Esse tipo de liberalismo é que inspirou os autores dessas leis que beneficiam os criminosos e desamparam a família brasileira.
     Pra quem acredita nisso, sugiro a leitura do livro "Mentes Perigosas", da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, que trata da psicopatia. Segundo a autora, que cita estudos de vários outros especialistas no assunto, o psicopata não tem sentimentos de solidariedade ou pena de outro ser humano. Ele nasce sem uma parte do cérebro capaz de gerar tais sentimentos, mas desenvolve uma incrível capacidade de simular sentimentos para enganar as pessoas.
     Os psicopatas são estimados em 4% da população mundial, mas chegam a 20% da população carcerária. São verdadeiros monstros: incuráveis. O que fazer com eles? Como lidar com uma mente assim? Certamente ter pena deles não vai mudar seu comportamento.
     Outra crença que fundamenta a frouxidão do nosso código penal é a de que a pobreza seria a causa da criminalidade, não cabendo ao Estado, portanto, punir severamente os criminosos, mas estabelecer políticas sociais de distribuição de renda e garantia de benefícios sociais. Mas 10 anos de políticas de distribuição de renda e diminuição do desemprego no Brasil, nos governos Lula e Dilma, não diminuiram a criminalidade.
     A verdade é que o crime organizado não tem raízes na pobreza, mas na ambição desmedida de riqueza e poder a qualquer custo. Senão como justificar que um jovem de classe média, que tem tudo ao seu alcance, se torne um criminoso? Ou que um político bem sucedido se corrompa no poder, como infelizmente se tornou tão comum?
     Certamente uma legislação mais dura inibiria esses atos, assim como a obrigação de cumprir penas longas, ou até perpétuas, retiraria essa gente do seio da nossa sociedade.
     Ser "bonzinho" com bandidos é a pior das políticas. Só quem teve um parente vitimado por eles sabe da dor que é ter que conviver com monstros desse tipo, soltos por aí como se fossem cidadãos decentes.
     É preciso também acabar com esse privilégio de celas individuais para quem tem curso superior. Porque isso? Para proteger os criminosos das classes dominantes? Porque não construir presídios onde todos estejam seguros e não apenas os mais ricos? Investir em presídios não é desperdício de dinheiro, é investir na segurança do povo e fazer cumprir as leis que mandam separar criminosos reincidentes, de réus primários.
     Já passou da hora de reverter este quadro e fazer uma revisão profunda do nosso código penal.
     Ninguém aguenta mais. Enquanto não houver uma reforma profunda, os assassinos continuarão à solta e seus advogados continuaram com suas palhaçadas, debochando da justiça e de nós todos.


PAPO DE ARQUIBANCADA

O CAMPEÃO VOLTOU !


            Meus amigos, esta semana tivemos o prazer de ver o Barcelona eliminar o Milan pela liga dos campeões: 4 x 0, com direito a mais de 70% da posse de bola para a equipe do Camp Nou
          O legado de Pep Guardiola desfilou pelo gramado espanhol, sob a batuta do maestro Lionel Messi, um menino que joga como gente grande. Foi um massacre e um grande castigo para o Milan que praticou o anti futebol, abdicou do ataque, retrancando-se na esperança de conter a magia que Xavi e Iniesta exibiam, sem menosprezar os adversários. No primeiro tempo, enquanto o time russonero trocara cento e poucos passes, o Barcelona exagerava com seus mais de quatrocentos e vinte, fora um verdadeiro chocolate. O argentino, quatro vezes eleito o melhor jogador do mundo assinalou duas pinturas de gols. No segundo tempo o panorama da partida não mudou, os donos da casa trocavam seus passes, pacientemente, até fecharem a goleada e a classificação para a próxima fase do torneio.
           A equipe azul grená, que havia dado uma relaxada - certamente para levantar a alto estima dos adversários - está de volta, os deuses do futebol agradecem: vida longa aos reis !


MISTÉRIO DO ESPORTE


      Caros leitores, o Ministério do Esporte alugou um imóvel em Brasília, no valor mensal aproximado de 1 milhão de reais. O contrato, sem licitação, com a empresa Flower Empreendimentos Imobiliários Ltda., totalizava R$ 60.726.792,60 por um período de 60 meses.
          A dispensa de licitação encontra lastro legal no inciso X, do artigo 24, da Lei 8.666/1993, que dispõe ser "dispensável de licitação para compra ou locação de imóvel desinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado." Bom, segundo pesquisas de mercado, em Brasília, o metro quadrado está em média R$ 107,00 e o nosso Ministério estaria pagando R$ 172,00 pela nova casa.
      O ministro Aldo Rebelo defendeu-se alegando que a publicação do extrato de dispensa de licitação no Diário Oficial da União foi efetuada sem o reconhecimento do secretário executivo, Luís Manuel Rebelo Fernandes e do próprio ministro. Segue reprodução do extrato de dispensa de licitação, inexplicavelmente, com os nomes do ministro e  do secretário executivo.


Vamos abrir os olhos, chega de corrupção !

É CAMPEÃO !!!


        Meus amigos, numa final inédita, o Campinense sagrou-se campeão da Copa do Nordeste 2013. O time paraibano conquistou o título após vencer o Asa de Arapiraca, por 2 x 0. A equipe da Paraíba já havia vencido a alagoana por 2 x 1, nos domínios do adversário. Parabéns ao Campinense, atualmente na série D do campeonato brasileiro, pela grande conquista. Que sirva de exemplo para os nossos representantes baianos.
 

POESIA DA SEMANA




 PAREDES VELHAS

Os velhos monumentos
Erguidos  para serem por mim venerados

hei de derrubá-los

Essas paredes velhas
construidas por egoístas
e que nos não lembram de mim
hei-de destruí-las

Levantaremos novos monumentos 
paredes novas
que dirão aos nossos filhos 
o que nós juntos 
vamos edificando.

Juntos serão lembrados 
os nossos nomes
como juntos nos temos oferecido
em holocaustos à vida

E os filhos de nossos filhos
de mãos dadas
orgulhar-se-ão de nós.
Agostinho Neto

     António Agostinho Neto  foi um médico angolano, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, que em 1975 se tornou o primeiro presidente de Angola. Fez parte da geração de estudantes africanos que desempenhou um papel decisivo na independência dos seus países, na Guerra Colonial Portuguesa. Foi preso pela PIDE, a polícia política do regime Salazarista em Portugal, e deportado para o Tarrafal, uma prisão política em Cabo Verde. Fugiu para o exílio e assumiu a direção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Em paralelo, desenvolveu a atividade literária, escrevendo principalmente poemas.


DESTAQUE

História de Rio de Contas

     O texto abaixo se baseia no site do acervo da UFBA, elaborado com base em documentos fornecidos pelo Arquivo Público Municipal e em outras publicações, como a "Coleção de Leis do Império do Brasil" (1849), a "Corografia Brasílica, ou Relação Histórico Geográfica do reino do Brasil - Tomo II" (1818) e livros de relatos de viajantes como "Travels in Brazil in the year 1817-1820" (Spix; Martius, 1824).
       Foram feitos recortes, modificações e acréscimos pelo autor deste blog.
  
     Rio de Contas surgiu como centro de mineração de ouro e era parada obrigatória no Caminho Real(1). Sua configuração urbana se deu originalmente através da provisão de 02 de outubro de 1745, que recomendava tanto a localização do sítio como a implantação das edificações, o que faz de Rio de Contas uma das raras "cidades novas" coloniais (Azevedo, 1980).
Vista panorâmica de Rio de Contas


     O município está situado no Estado da Bahia, no centro sul baiano, ao sul da região da Chapada Diamantina e distante 736 Km de Salvador (2), a capital do estado.  Situa-se na vertente oriental da Serra das Almas e compreende áreas baixas, recobertas de caatinga (3) e chapadas elevadas com vegetação do tipo gerais (4), onde o clima é ameno. Numa destas chapadas, à margem esquerda do Rio Brumado, localiza-se a sede municipal (Azevedo, 1980).

      O município mede 1.052,30Km2 e compreende três distritos: Rio de Contas (sede), Arapiranga e Marcolino Moura, com uma população de 13.007 habitantes (IBGE 2010). 

     Rio de Contas é a cidade mais antiga da região do centro sul baiano que, segundo Neves (2007), começou a ser ocupada em meados do século XVII por escravos foragidos de embarcações naufragadas no litoral da Bahia que subiam o Rio das Contas e se instalavam à margem esquerda do Rio das Contas Pequeno, atual Rio Brumado, ao sul da Chapada Diamantina.
     Na última década do século XVII, surgiu nesta região um pequeno povoado situado no planalto da Serra das Almas, à margem do Rio das Contas Pequeno, chamado de Crioulos. Este povoado servia de ponto de pouso para os viajantes vindos de Goiás e norte de Minas Gerais em direção à Salvador e na rota que ligava o vale do São Francisco ao Caminho da Costa (Neves, 2007).
     Segundo Neves (2007), uma ampla rede viária já cortava o interior da Bahia em meados do século XVIII. Os caminhos de Ouro Fino ou do Ouro da Boa Pinta, a Estrada Real, a Estrada das Boiadas (5)(em grande parte se confundido com a estrada real) e o Caminho da Costa, eram os mais importantes.
    
     Em 1710, bandeirantes paulistas descobriram veiôes e cascalhos auríferos na região. Próximo às lavras do bandeirante paulista Sebastião Raposo surgiu a povoação de Mato Grosso, onde os jesuítas construíram a igreja de Santo Antonio (Revista Trimestral, 1863).
     Em 1715 os mesmos bandeirantes fundaram uma povoação rio abaixo onde foi construída a capela de Nossa Senhora do Livramento.(Revista trimestral. 1863).
     Por alvará de 11 de abril de 1718, Mato grosso foi transformada na sede da primeira freguesia do "sertão de cima". (Coleção das leis, 1849).
     Em 1720 o mestre dos Engenheiros de Campo Miguel Pereira da Costa, realizou uma viagem exploratória, partindo de Cachoeira, no recôncavo, com destino a Rio de Contas. Em relatório enviado ao vice-rei Vasco Fernando Cesar, ele descreve as distâncias entre os povoados e aglomerações, assim como todas as peculiaridades do percurso de 105 léguas que durou 21 dias.
 Caminho percorrido por Miguel Pereira da Costa em 1720
(...) do ribeirão se vai ao Mato grosso, ultima marcha d'esta jornada por ser alli a rancharia maior dos mineiros d'aquelles distritos, onde todos têm na sua casa de palha, e aqui aportam todos os vivandeiros com seus combois (...). É este sítio do Mato Grosso a primeira parte onde se ajuntou gente n'aquelles districtos, no princípio de seus descobrimentos, e assim ficou sendo alli o maior consurso, ou uma como povoação d'aquelles homnes em que se estabeleceram; e d'este sítio destacavam alguns a fazer os seus descobrimentos e experiências, que, tendo-lhes conta, decampavam d'elle para a tal paragem descoberta, e nela formavam sua nova rancharia; ficando, porém n'aquelle acantonamento do Mato Grosso a a maior parte d'elles, que ainda se conserva e é uma feira contínua dos víveres que cada comboi leva (Revista trimestral, 1863).
     Em 1724, o vice-rei, Conde de Sabugosa, manda o sertanista baiano Pedro Barbosa Leal, fundar vilas em Jacobina e Rio de Contas, onde determinou que se estabelecessem casas de fundição, para evitar o desvio do ouro, sem o pagamento do quinto, imposto devido à coroa portuguesa.
     É então fundada a Villa de Nossa Senhora do Livramento e Minas do Rio de Contas , atual Livramento. Devido às inundações constantes na área, em 1745 ela é transferida para o local do antigo Pouso dos Crioulos, e passa a se chamar Villa Nova de Nossa Senhora do Livramento e Minas do Rio de Contas, enquanto a primeira fica conhecida como Vila Velha.
     A cidade foi tombada pelo IPHAN (Intituto do Patrimônio Histórico e Artísco Nacional), em 8 de abril de 1980.
 Perímetro tombado da cidade de Rio de Contas
Em 1983 foi inaugurada a barragem Engenheiro Luis Vieira, situada à montante da cidade, represando o Rio Brumado, que hoje sustenta o perímetro irrigado de Livramento, região produtora e exportadora de frutas, em especial manga e maracujá, dinamizando a economia da região.
     Casa típica com residência e comércio
A tipologia arquitetônica do centro histórico é composta, na sua maioria, por edificações de uso residencial, em pavimento térreo, recoberta de telhas de barro em duas águas, construída com paredes autoportantes em alvenaria de adobe, a maioria apenas residencial, embora algumas incluam um comércio lateral.
 Várias edificações estão inscritos no livro de tombo, dentre as quais as das fotos abaixo.
Edificações tombadas, na Rua Barão de Macaúbas

 Casas tombadas na rua Silva Jardim
Edificações tombadas na Rua 15 de Novembro
Edificações tombadas: a do meio é a sede da Prefeitura Municipal.
Antiga casa de Câmara e Cadeia dos portugueses, atual Fórum Municipal
Antigo mercado público, atual biblioteca pública municipal

Teatro São Carlos, de 1892

Igreja do Santísimo Sacramento, construída no final do século XVIII

Igreja de Santana, de 1779

     Para visitar Rio de Contas, vindo de Brasília ou do sul (via Vitória da Conquista), segue-se até Brumado, de onde parte a estrada para Livramento (60 Km), que depois sobe a Serra das Almas, por mais 9 Km, até a sede do município.
     Para quem vem de Salvador ou do nordeste, pode-se ir até Vitória da Conquista e depois seguir para Brumado, ou tomar a estrada de Nova Itarana, via Maracás (pela Br-116, entrando à direita logo após Milagres), que vai até Brumado. Existem também caminhos via Abaíra e Mucugê (via Parque Nacional da Chapada Diamantina), mas ambos tem trechos ainda sem pavimentação, com cerca de 40Km.

(1) A única Estrada Real da região, mandada construir pela coroa portuguesa, era a que ligava a Vila Velha de Livramento a Jacobina, onde se localizavam as duas casas de fundição. Os outros caminhos da época da mineração tinham outros nomes, mas todos os caminhos antigos são hoje chamados pela população de estradas reais. Um trecho da verdadeira Estrada Real ligando a cidade de Rio de Contas a Livramento encontra-se preservado, podendo ser percorrido à pé, por visitantes.
(2) A distância de Salvador é consideravelmente menor através de estradas interiores, que ainda tem trechos de terra, ou pela estrada de Maracás (totalmente asfaltada), que liga Milagres, na BR-116 a Brumado, sem passar por Vitória da Conquista.
(3) Vegetação típica do semi-árido brasileiro.
(4) Vegetação de cerrado ou savana, típica dos planaltos brasileiros.


CLIPE DA SEMANA

O clipe da semana é da música JESUS, ALEGRIA DOS HOMENS, composta por Johann Sebastian Bach.



Clique no link e assista:

 http://youtu.be/KlTm-xG3pO0




RAPIDINHAS

Festival de Cinema em Rio de Contas
    O restaurante Espaço Imaginário está promovendo a realização do Festival Panorama Coisa de Cinema, em Rio de Contas, nos dias 29 e 30 de março, através de exibições  gratuitas ao ar livre de 6 curtas escolhidos pelos curadores do festival; Marilia Hughes e Claudio Marques.
     Maiores informações pelo link espacoimaginarioriodecontas.blogspot.com .

Auristela Sá


     A Bahia e o Brasil perderam esta semana uma atriz talentosa.
     Auristela Sá fazia parte do Bando de Teatro Olodum e fez parte do elenco do filme "Ó Paí ó", que depois virou mini-série na Globo.
     Ela morreu aos 40 anos depois de lutar contra um câncer.
     Uma perda irreparável.
Festival de chorinho em Mucugê

  
     Pra quem gosta do gênero, dias 29 e 30 de março acontecerá um festival de chorinho em Mucugê.
     Além do passeio maravilhoso pela Chapada, vale a pena conferir as apresentações dos "chorões".

Mais do mesmo?


     A Igreja Católica parece ter mantido seu viés conservador, assumido desde a eleição de Karol Woytila (João Paulo II), seguido por Ratzinger (Bento XVI).
     Se o polonês Woytila era um anti-comunista ferrenho, que ajudou a acabar com o socialismo no leste europeu, o alemão Ratzinger, um ex-membro da juventude hitlerista, o novo papa argentino Jorge Mário Bergoglio (Francisco) está sendo acusado de ser um ex-colaborador da ditadura argentina e de acobertar a morte de sacerdotes progressistas na década de 1970, além de se recusar a participar dos julgamentos dos mandantes de assassinatos de civis e rapto de crianças, ocorridos durante o período de repressão.
     O fato de pertencer à ordem dos jesuítas, marcadamente conservadora, só acentua o caráter do novo pontífice.
     Apesar da sua simpatia, e de ser um latino-americano (embora filho de italianos), o que poderia significar uma renovação da igreja, aparentemente a igreja tende a aprofundar sua linha de reafirmar seu compromisso com as classes dominantes e com o capitalismo.
     Só o tempo poderá nos dizer a que veio o Papa Francisco.