segunda-feira, 29 de julho de 2013

POLITICANDO

A afirmação do Brasil
   
      As mudanças que estão se processando no Brasil de 2013 são muito mais profundas do que nossos partidos políticos tem sido capazes de compreender.
     O que a sociedade está pedindo, através de uma nova democracia de massas, de uma democracia direta, interativa, pautada pelas redes sociais e não mais pelos velhos partidos, é uma ruptura com o passado, só comparável aquela representada pela abolição da escravidão em 1888. Trata-se da ruptura com o domínio da burguesia corrupta que tem dominado o país desde a sua independência.
     Não se trata de um discurso ideológico, socialista ou liberal, mas de uma demanda ética, por uma cidadania real. O povo que conquistou a anistia em 1979, a democracia formal, com as eleições diretas para presidente em 1984, a redemocratização do país, com a nova Constituição em 1988, e um governo de esquerda, comprometido com os interesses nacionais e dos trabalhadores, em 2002, agora quer romper com o que resta das classes dominantes oportunistas que se apropriaram do país desde a sua independência e que condenam nosso edifício jurídico, a ser uma pantiomima, uma fraude, uma coisa "pra inglês ver", onde os ricos e poderosos podem tudo e os pobres nada, onde a justiça só funciona para os pretos e pobres e os ladrões brancos desfilam sua impunidade na cara do povo.
     A nação está cansada de uma justiça que não funciona, de um parlamento que só serve para legitimar interesses particulares, de partidos que não passam de clubes de interesses pessoais, de uma mídia que só expressa a opinião de uma elite moralmente falida, de declarações de ideologias que não são mais que cortinas de fumaça para acobertar acordos espúrios, onde a nação é vendida na bacia das almas.
     O povo quer leis que sejam realmente cumpridas. Que os criminosos paguem pelos seus crimes, quer o fim de privilégios seculares, que drenam as melhores energias da nação. Está cansado de palavras vãs, de promessas falsas, de mentiras emplumadas. Quer igualdade real, quer um país pra valer.
     E nossos partidos não estavam preparados para esta emergência de anseios. Não imaginavam que na calma aparente das multidões, se gestava tamanha transformação. Estão perdidos. Não sabem o que fazer, o que dizer, para onde ir.
     Tudo o que foi feito e dito no século XX se acabou. Nada vale mais. Quanto tempo levará para que surja uma nova classe de políticos capazes de interpretar os desejos que emergiram das jornadas de junho?
     E no entanto, será esta classe que vai dar os passos definitivos para transformar o Brasil na grande nação que ele promete ser. Vão ser eles que vão nos libertar das amarras do passado e do presente corrompidos pelas mesquinharias e pelos propósitos defasados e nos guiarão para ocupar nosso lugar no terceiro milênio que está começando.
     O grande papel reservado ao Brasil na história das nações, está apenas começando. Não se trata apenas de crescer mais, de aumentar a produção, gerar mais empregos, aumentar a renda per capita do povo, melhorando a distribuição de renda. Trata-se de realizar as mais altas profecias que dizem ser o Brasil a pátria do evangelho, a país com um imenso coração, como disse o Papa Francisco, cuja figura já transcende à Igreja Católica, um país que tem um destino maior, como promotor da paz e da justiça.
     Talvez seja demais pedir aos nossos políticos compreender isto. Por certo é demais pedir a eles que esqueçam sua pequenez e pensem grande. Mas o sinal foi dado. A luz se acendeu e não se apagará.
     O Brasil, de agora em diante, vai se afirmar entre as nações como um grande país e, como dizia Mao Tsé Tung sobre a China, há 40 anos atrás: mil flores se abrirão.  


PAPO DE ARQUIBANCADA

Xô uruca...



         Meus amigos, a urucubaca do treinador Cuca acabou: Atlético Mineiro é o campeão da Libertadores.
        Tido como um tremendo pé frio, por ter sempre feito ótimos trabalhos pelos clubes onde passou, e, na hora H perder o título, Cuca finalmente conseguiu ter resultado da sua dedicação frente ao Galo Mineiro. Foi dura, suada, sofrida, mas a resposta aos críticos (maldosos) aconteceu. O alvinegro de Belo Horizonte gastou toda sua sorte, aliada à competência demonstrada durante toda a competição. Pênalti defendido no último minuto do jogo, nas quartas de finais, vitória nos pênaltis na semi-final e também na final. Alguém ainda tem dúvida de que Cuca é um competente sortudo ?! 
        Parabéns ao Atlético Mineiro pela grande conquista. Que venha o Bayern!
Blogando por ai...

Thiago Arantes

Cuca e os dez anos de azar imaginário

      Dez anos mudam muita coisa na vida de qualquer um. Faça o exercício: onde você estava há 10 anos, em 25 de julho de 2003?
      Eu me lembro bem. Há dez anos, em 25 de julho de 2003, eu estava sofrendo com meu time. Eram 21 rodadas do Campeonato Brasileiro, o Goiás tinha apenas 17 pontos ganhos: três vitórias, oito empates, dez derrotas.
      Era um time condenado ao rebaixamento, apesar de não ser ruim. A defesa, de Fabão e Renato Silva, era decente. Josué, Simão e Marabá era um bom trio de volantes. No ataque, Araújo e Dimba. E tinha Danilo, jovem, meio lento, de quem a torcida não gostava muito.
     Aquele Goiás ainda ganharia o reforço de Grafite no segundo turno e ficaria 16 jogos sem perder, faria uma campanha histórica na reta final, com direito a ganhar do campeão Cruzeiro, a bater no Santos de Robinho - então campeão brasileiro - por 3 a 0, em novembro.
   Foi um Goiás que entrou para a história por desafiar a matemática, as previsões mais terríveis, a incredulidade da própria torcida. O time acabou a competição em nono lugar, chegou a sonhar com a Libertadores na reta final.
     Mas voltemos àquele dia 25 de julho de 2003. O time era lanterna, e a esperança do torcedor do Goiás estava abalada. O 3 a 3 com o Santos, dois dias antes, era animador, mas ainda era pouco.
    Restava o discurso otimista e o jeito firme de um treinador que ainda era desconhecido do grande público: Alexi Stival, o Cuca.
     Cuca mudou o jeito daquele Goiás e deu confiança a um time que parecia rebaixado em julho. Araújo e Josué explodiram, Dimba tornou-se o artilheiro da competição com 31 gols, o jovem Rodrigo Calaça segurou as pontas no lugar de Harlei, que primeiro foi suspenso por doping e depois, barrado.
     Durante dez anos, defendi Cuca em várias discussões. Não que ele precisasse, porque sempre esteve entre os mais competentes técnicos do Brasil. Mas, ainda assim, defendi. E defendi porque vi um trabalho fenomenal, jogo a jogo, e achava injusto rotularem como "azarado" um dos melhores técnicos da nova geração.
     Dez anos mudaram muita coisa na minha vida, no mundo, na vida do ilustríssimo leitor.
    Para Cuca, os dez anos entre aquela campanha fantástica com o Goiás e a noite de quarta-feira, no Mineirão, foram de sofrimento, de choro, de muitas vitórias esquecidas e de poucas derrotas, sempre lembradas.
    Mas, quando o último pênalti do Olímpia explodiu na trave, e Cuca, vermelho-roxo, desabou sobre o gramado gélido do Mineirão, a chave da história mudou.
   Não precisarei mais argumentar que, não, Cuca não é um técnico azarado, não é apenas um supersticioso, é um grande treinador, merece tudo o que conquistou e ainda vai conquistar.
   Cuca não deve mais explicações sobre o choro, o soco na mesa, a marcha à ré do ônibus, a mesma camiseta. Cuca é campeão da Libertadores com um Atlético Mineiro que mereceu cada minuto de drama e glória, bem como seu treinador.
     Cuca nunca foi azarado. E nós, que gostamos de futebol, temos sorte.
   Sorte de ver alguém tão apaixonado comemorando um título que coroa uma vida inteira. Um reconhecimento que ele merece há dez anos.

POESIA DA SEMANA


Teus Olhos
Teus olhos são a pátria do relâmpago e da lágrima,
silêncio que fala,
tempestades sem vento, mar sem ondas,
pássaros presos, douradas feras adormecidas,
topázios ímpios como a verdade,
outono numa clareira de bosque
onde a luz canta no ombro duma árvore
e são pássaros todas as folhas,
praia que a manhã encontra
constelada de olhos,
cesto de frutos de fogo,
mentira que alimenta,
espelhos deste mundo, portas do além,
pulsação tranquila do mar ao meio-dia,
universo que estremece,
paisagem solitária.

Octávio paz
(in Liberdade sob palavra)
Tradução de Luis Pignatelli


OBSERVATÓRIO DA TV

Três Teresas

    "Três Teresas" é uma série sobre a convivência, na mesma casa, de três gerações de mulheres, apoiando e enlouquecendo umas às outras, dividindo o mesmo espaço e o mesmo nome. Três visões muito particulares de mundo, três olhares diferentes para problemas semelhantes, em um programa repleto de humor, sentimentos e deliciosos conflitos.

     Teresa trabalha como vitrinista e é uma mulher inteligente, de bom gosto e dedicada. Depois de 16 anos de casamento com seu amor de juventude, ela decide que é hora de se separar. O sentimento é claro: chegou sua hora de independência, plenitude e realização – Teresa quer ter uma vida com vista para o mar. A extrema acomodação de seu ex-marido, no entanto, aliada à sua própria  exaustão, faz com que Teresa, em um de seus rompantes de humor, vire a mesa das circunstâncias e volte a morar na casa de sua mãe. Começa aí uma fase definitivamente nova, embora não a que Teresa almejasse.

     Teresinha, a mãe de Teresa, jamais poderia esperar por isso. Uma mulher agitada e independente, possui uma rotina dinâmica e cheia de afazeres – alguns mais típicos, outros mais peculiares. A súbita invasão de sua casa por sua filha e neta causam em Teresinha a sensação de perda da independência: ao mesmo tempo que passa a ser mãe e avó em tempo integral, de alguma forma transforma-se novamente em filha. Teresinha, no entanto, lutará bravamente por seus hábitos e seu espaço, com a energia, a disposição e o gosto pela aventura de uma avô moderna e articulada.

     Em meio as duas está Tetê, filha e neta. Ela é esperta, sarcástica e afiada. Seu olhar para os dramas de sua idade, e para o mundo feminino instalado à sua volta, é aguçado e provocador. Tetê tem uma relação de amor e ódio com Lucas, seu quase-namorado. Revoltada com a mudança de casa, ela vive às turras com a mãe e com suas decisões impulsivas, mas o novo cotidiano intensifica seus laços com a avó. Tetê possui uma maneira prática e decidida – às vezes cínica – de resolver os problemas e não raro é ela quem vai se sobrepor a Teresa e a Teresinha em termos de sensatez e amadurecimento.

     Por fim, coroando a inesperada reorganização familiar e espacial por que passarão as três Teresas, descobre-se que a casa de Teresinha – uma espécie de quarta protagonista da trama – está seriamente endividada. A manutenção e a iminente possibilidade de perda do imóvel, portanto, atuará como fator extra de dificuldades, mas também como ponto de união e afeto entre as personagens. 

Elenco:

Denise Fraga como Teresa
Cláudia Melo como Teresinha
Manoela Aliperti como a Tetê


Na GNT, todas as quartas-feiras às 22:30 h. 

DESTAQUE

Futurologia

     Tenho evitado escrever sobre a política de Rio de Contas, por puro desgosto.
     Muitos me pedem para escrever, desejando críticas afiadas contra uma situação à qual eles não tem coragem de se opor, e se calam, temendo as represálias que o poder local, concentrado numa pobre prefeitura, tem o dom de fazer desabar sobre as vidas dos cidadãos desta pequena localidade perdida na Chapada Diamantina.
     Todo mundo tem um parente que depende da prefeitura e que pode sofrer as consequências, caso resolva exercer sua cidadania de fato e dizer o que pensa à respeito da política local. Por isso se calam e ficam pedindo que outros falem por eles, enquanto ao primeiro aperto se urinam todos, como cães assustados.
     É uma situação patética. De um lado os pequenos poderes, surgidos do manejo do dinheiro público, obtido sempre às custas de compras de votos, de outro as confabulações na hora do voto, para decidir a quem se vender. Depois do resultado, quem saiu perdendo fica pelos cantos, se lamentando, remoendo o fato de ter entrado do lado errado, esperando um aceno da situação para fazer parte do pequeno grupo no poder, enquanto os que venceram tripudiam sobre os vencidos.
     Para fazer oposição, é preciso entrar debaixo da proteção de algum político poderoso, que resguarde a pessoa das perseguições. Se alguém tenta montar um grupo autêntico, desligado de políticos, logo aparecem as suspeitas sobre as reais intenções de um, que até ontem estava calado, mas caiu em desgraça e resolveu falar, ou então de possíveis informantes infiltrados, que participam de reuniões e correm a prestar contas ao outro lado, esperando com isso obter algum tipo de recompensa, mais uma vez como cães, tentando agradar seus donos lambendo seus pés.
     Nesse meio a falsidade brota como capim. Gente querendo saber, o que estou fazendo, fingindo amizades. Sabem que não dependo de favores de políticos e posso ter um pensamento independente, e temem a minha palavra, que o pequeno poder deste blog é capaz de levar longe, causando talvez algum prejuizo. Sabem que gosto de escrever e ficam de tocaia.
     Partidos políticos aqui não existem, são pura ficção. Só existem interesses de grupos, ou melhor, grupos de interesses.
     Claro que essa situação foi engendrada por uma história de coronelismo e opressão muito antiga.  
     Hoje se persegue os oponentes da prefeitura. Ontem os coronéis mandavam matar. Aliás, ainda se manda matar, como vimos há alguns anos atrás aqui mesmo no município, quando um sujeito resolveu abrir a boca e contar os podres da prefeitura, podres do qual ele mesmo participava.
     O que aconteceu com seus assassinos? Nada. Ninguém foi preso. Continuam no poder, ora de um lado, ora de outro. A justiça aqui também é política, influenciada pelos poderosos de plantão.
     Escrever o quê, sobre uma situação como esta? Falar mal de quem?
     A política é assim mesmo, eles dizem.
     Uma tristeza.
     Aproveito esta solidão local para ler e colocar em prática projetos literários há muito adormecidos. É realmente um lugar ótimo para se recolher e pensar sobre a vida, e escrever, sim, escrever. Claro que é melhor fazer isso quando temos alguém do lado para amar. Amar e escrever...que combinação boa para um escritor.
     Mas até isso é difícil num lugar como este, pois a pessoa amada não vive só de amor. Tem também seus projetos de vida, que não consegue construir numa sociedade como esta. Ninguém, aliás, consegue construir nada num lugar como este.
     As pessoas chegam, iludidas pelas belezas naturais, se estabelecem, ficam alguns anos, o tempo necessário para perceber que estão semeando em terreno árido, e se vão.
     Que futuro tem um lugar como este?
     Quando me perguntam, respondo que quem vai mudar a cidade são os que virão de fora, no dia em que alguma coisa vingar por aqui e a economia realmente começar a prosperar. Talvez com a vinda da prometida Universidade Federal, o dinheiro entre, libertando a todos da dependência da prefeitura. Com certeza algo terá que vir de fora, pois os grupos de interesse local não querem mudar nada.
     Por isso a Secretaria de Agricultura não tem interesse em desenvolver a agricultura. Vai que os agricultores comecem a ganhar dinheiro e se tornem independentes? Que perigo! O mesmo com o turismo. Não. Todos tem que continuar comendo na mão dos mesmos grupinhos. Uma coisa muito triste.
     Uma sociedade arcaica, sem dúvida, necessitando de um choque externo para mudar. Uma grande indústria, uma universidade, algo que promova a abolição da escravidão exercida pelos eternos coroneizinhos no poder.

CLIPE DA SEMANA

     Esta semana, trazemos para os leitores deste blog a fantástica música de Paz Martinez, interpretada por Mercedes Sosa e Soledad Pastorutti: Água, Fuego, Tierra y Viento.
     Bom proveito.
 Clique a acesse:

RAPIDINHAS

Quem é o terrorista?
    
A ditadura militar egípcia, depois de derrubar o presidente eleito Mohamed Mursi, com apoio da burguesia local, dos Estados Unidos e da União Européia, matou 72 manifestantes pacíficos, desarmados, a sangue frio, alegando que eles estavam "interditando uma ponte".
     Agora alega que os apoiadores do presidente eleito, deposto, são terroristas.
     A burguesia colombiana, sempre alegou a mesma coisa a respeito das FARC, que lutam há 50 anos pela reforma agrária naquele país. O ditador da Síria chama de terroristas os que lutam para derrubá-los e instalar uma democracia. Os Estados Unidos também tem uma lista de pessoas e organizações terroristas pelo mundo. Desta lista constou, durante décadas, o nome de Nelson Mandela, que lutava contra o regime do apartheid, apoiado pelos americanos e pelo ocidente.
     Então, qualquer pessoa que lute pela democracia e contra a opressão virou terrorista.
     Na verdade terrorista é aquele que mata pessoas inocentes para aterrorizar a população, conceito no qual se enquadra perfeitamente o novo governo egípcio, a burguesia colombiana, o regime Sírio e o imperialismo americano.
Poesia latinoamericana

     Recebemos da Diretoria do Livro e da Leitura o convite para a "leitura pública" dos poemas de Gustavo Tatis, da Colômbia, e Lande Onawale, da Bahia, a ser realizado na Biblioteca dos Barris, em Salvador.
     Para quem estiver na capital baiana, na terça-feira, 30 de julho, vale à pena conferir.
     O evento será às 17,00 h.
Veneno criminoso

     Conversando com um ex-funcionário do McDonald's de Vitória da Conquista, fiquei chocado com o desrespeito aos funcionários e às leis trabalhistas.
     Não pagam o salário mínimo, a jornada de trabalho ultrapassa as oito horas diárias, dão folga só às segundas-feiras e não pagam horas extras.
     A rotatividade é muito alta, porque ao atingir os três meses de serviço o funcionário adquire uma série de direitos. Então eles preferem trabalhar sempre com pessoas "em fase de experiência", para não ter de cumprir a lei.
     O Ministério do Trabalho deveria fazer uma auditoria nas lojas dessa rede, que vende alimentos prejudiciais à saúde do consumidor, provocando obesidade e péssimos hábitos alimentares nas crianças, iludidas com a venda indiretas de brinquedos embutida no preço dos sanduíches.
     Além disso lesam o direito dos trabalhadores. Até quando vamos ter de aturar isto?


HUMOR TRANSATLÂNTICO

Jogo dos 7 erros


Piada Contada: Mulher de ouro.


O filho chega pro pai e fala:
Pai, vou me divorciar. Tem seis meses que minha mulher não fala comigo.
O pai fica em silêncio, bebe um gole de cerveja e diz:
Pense bem, meu filho. Mulher assim é difícil de arranjar.

TRIBUNA ABERTA


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domingo, 21 de julho de 2013

POLITICANDO

Quem se habilita?
  
     A novela da reforma política continua se arrastando no Congresso. Uma hora dizem que é pra 2014, outra que é pra 2016, e já tem gente dizendo que só vai valer pra 2018.
     Ou seja: tá todo mundo enrolando.
     Claro que essa história de deixar para o Congresso a responsabilidade de fazer as reformas pedidas pela população não ia dar certo. No primeiro momento eles se assustaram e trataram de aprovar uma tal agenda positiva, que votou uma três ou quatro coisinhas. Depois, quando viram que a poeira baixou...ai, que preguiça! Pra que correr, não é mesmo? Está tudo tão bom aqui pra nós...!
     O que mais me espanta nessa situação é a falta de liderança dos partidos. Afinal partido político deveria servir para reunir pessoas que pensam do mesmo jeito e lutar por aquilo que eles acham melhor para a nação. Mas os partidos atuais não tem proposta nenhuma para as tais reformas.
     Mesmo o maior partido do Congresso, o PT, não consegue se entender e o máximo que faz é publicar na TV uns anúncios sem sentido dizendo; Plebiscito Já!.
     Mas plebiscito pra votar o quê?
     Qual é a proposta do PT para as reformas?
     Não vi nenhum partido convocar uma convenção extraordinária para discutir isso. Ficam montando comissões mistas no Congresso, como se todos os partidos pensassem da mesma forma, como se eles não defendessem interesses divergentes e, às vezes, até antagônicos.
     Até o PSOL, que me parecia o partido mais afinado com as reivindicações, está sem ação, sem saber o que fazer. Todos ficam esperando uns pelos outros e ninguém se mexe.
     Por isto é que a proposta inicial da presidente Dilma, de fazer uma Constituinte Revisora, era a melhor de todas.
     E mais: uma Constituinte Exclusiva, como ela propôs: ou seja, com deputados eleitos apenas para fazer a revisão da Constituição, trabalhando paralelamente ao Congresso atual. Depois seus mandatos se extinguiriam naturalmente.
     São muitas coisas a serem mudadas no país, e não apenas o sistema eleitoral.
     A justiça, por exemplo, precisa de uma reforma total. Não há democracia se a justiça não funciona. Leis nós temos muitas, mas de que adiantam se os juízes tiram férias simultaneamente e fecham a justiça no país todo? Onde já se viu uma coisa dessas?
     E esse monte de recursos, que permite que as sentenças sejam proteladas indefinidamente? Gente já condenada fora da cadeia, porque tem endereço conhecido? Então pra quê condená-las? Penas que só precisam ser cumpridas em 1/6, se o bandido for bonzinho na cadeia?
     A raiz da corrupção está aí.
     É preciso que alguém assuma a liderança desse processo de reformas, fazendo propostas concretas para que o povo brasileiro possa opinar e decidir. E ninguém melhor para isso do que os partidos políticos, que tem o dever de apontar o caminho.
     Será que ninguém vai se habilitar?
    
    


PAPO DE ARQUIBANCADA

Dez anos depois...

      Meus amigos, quase dez anos depois, Bahia e Vitória voltam a duelar na elite do futebol brasileiro. Desde outubro de 2003 que o clássico baiano não acontecia, pela série A do campeonato brasileiro. Quase quarenta mil pessoas marcaram presença na Arena Fonte Nova e fizeram uma grande festa. Infelizmente a partida terminou 0 x 0, apesar do jogo ter sido muito movimentado. 
         O tricolor mostrou que não é mais o saco de pancadas do campeonato baiano e jogou sem medo e teve as melhores chances para decidir o jogo, não fora a tarde infeliz dos seus atacantes, sobretudo do artilheiro, Fernandão e da presença do goleiro rubro-negro, Wilson, que fechou o gol na melhor oportunidade da partida. 
        O Vitória não articulou bem seus contra-ataques, sua grande arma e teve a infelicidade de perder dois de seus principais articuladores, Renato Cajá e Nino Paraíba, substituídos por Camacho e Daniel Borges, respectivamente. Este último não acertou um passe sequer, talvez pelo peso da estreia num clássico. 
      O empate foi justo, entretanto não ajudou nem um nem outro: ambos perderam posições na tabela de classificação, o Bahia ainda tem um jogo a mais que seus concorrentes. Para a equipe da Toca, marca a continuidade do tabu que dura dois anos, pois, a última derrota para o Bahia, aconteceu em maio de 2011.

Blogando por ai...

José Cruz
O "drible da vaca" está a caminho e o fisco que se lixe.

      A proposta do governo para “aliviar” as dívidas fiscais dos clubes de futebol – mais de R$ 2 bilhões -, anunciada pelo ministro Aldo Rebelo, ainda não saiu do Palácio do Planalto.
      Mas na Câmara dos Deputados a tropa de choque dos cartolas e do próprio governo já se mobiliza para tentar aprovar o que vier.
    A primeira reunião para afinar discurso e defesa do projeto foi realizada na quarta-feira na liderança do PTB, sob o comando do deputado Jovair Arantes (GO).
      Mas há dissidências, como a deputado Deley.
   Ex-craque do Fluminense, ele contesta o perdão e outros privilégios aos caloteiros com um argumento forte: as Santas Casas também são devedoras ao fisco e o governo não está nem aí para o drama desses hospitais de atendimento à população carente.
    O deputado Vicente Cândido (PT/RJ), autor da projeto de lei do perdão da divida que inspirou o ministro Aldo Rebelo a abraçar a proposta, defende que o governo edite medida provisória.
     Se isso ocorrer, todos os clubes caloteiros serão perdoados imediatamente de suas dívidas!
    E, melhor, estarão “limpos” para receber verbas federais, da Lei de Incentivo, do orçamento do Ministério do Esporte ou de patrocínios estatais.
     O que entristece nessa mobilização política é que o próprio ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que conhece detalhadamente sobre a fragilidade gestora dos clubes de futebol, está na liderança dessa campanha.
   Como presidente da CPI da CBF Nike, Aldo viu como ocorre a evasão de divisas, o enriquecimento ilícito de dirigentes esportivos, a sonegação fiscal, a falcatrua, enfim. À época, combateu com rigor esses desmandos que eram casos de polícia.
     Mas, agora, quando deveria ser fiscal rigoroso do bem público — pois é isso que se espera de um ministro de Estado –  o deputado e ministro Aldo Rebelo troca de lado e passa a defender os que driblaram o fisco e desviaram sabe lá pra onde o dinheiro que recolheram de seus funcionários.
    Além de Deley, que já se posicionou contra o perdão ao calote, temos os deputados Afonso Hamm, Romário e Danrley como ex-jogadores profissionais. Que posição vão tomar diante desse projeto do Executivo?
    E a presidente Dilma Rousseff, vai aceitar escancarar os cofres, perdoar dívidas públicas e isentar os caloteiros de punição?

Fonte: Blog do José Cruz

POESIA DA SEMANA





A casa do tempo perdido
Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu.
Bati segunda vez e mais outra e mais outra.
Resposta nenhuma. 

A casa do tempo perdido está coberta de hera
pela metade; a outra metade são cinzas.
Casa onde não mora ninguém, e eu batendo e chamando
pela dor de chamar e não ser escutado. 

Simplesmente bater. O eco devolve
minha ânsia de entreabrir esses paços gelados.
A noite e o dia se confundem no esperar,
no bater e bater.

O tempo perdido certamente não existe.
É o casarão vazio e condenado.
Carlos Drummond de Andrade





OBSERVATÓRIO DA TV

Com  frescura

Rogéria

   O Canal Brasil inova na sua programação e leva ao ar um talk show muito, mas, muito inusitado: Com Frescura.
   A transformista Rogéria, apresentadora, mostra sua irreverência e ousadia neste divertido programa de entrevistas. A anfitriã não tem papas na língua e, sem cerimônia, extrai confissões surpreendentes de seus convidados. 
   Rogéria, que começou sua carreira como maquiadora, já foi vedete, cantora, jurada de tv e atriz, se lança como entrevistadora, recebendo diversas personalidades. Para assistir ao talk show assinado por André Barcinski, sintonize o 66, na Sky, às quartas-feiras à meia noite ou de sábado para domingo às 03:00 h.

DESTAQUE

O aquário de Fortaleza
   
     O governo do Ceará está investindo 320 milhões de reais na construção do maior aquário do hemisfério sul, destinado principalmente às espécies existentes no nosso litoral e nos nossos rios.
     A imensa construção, localizada na famosa praia de Iracema, deverá atrair mais turistas para a capital cearense, que já tem uma das mais belas orlas do país.
 
    Aliás, o estado do Ceará parece ser o único no Brasil a levar a sério o turismo. Os investimentos na bela cidade nordestina já fazem dela o maior pólo turístico do nordeste, superando a desarrumada Salvador, e levando milhões de dólares e criando milhares de empregos para os cearenses.

   
    Somando esses investimentos com o início do funcionamento do metrô de Fortaleza, a conclusão do Estádio Castelão e os aeroportos de Canoa Quebrada e Jericoacoara, o Ceará deve tomar a dianteira no setor, aproveitando sua condição de maior proximidade com a Europa.

  
    Apesar disso, o aquário tem despertado protestos em setores da população, que reclamam da existência de outras prioridades, principalmente para a população mais pobre. Já surgiu até um movimento intitulado; Quisera ser um peixe, inspirado na música de Fagner.

Nova estação do metrô de Fortaleza


CLIPE DA SEMANA

         Em homenagem à visita do Papa Francisco, o clipe desta semana é a música DE MENOR, composta e interpretada por Ederaldo Gentil.
 
 Ederaldo Gentil


 Clique para acessar

RAPIDINHAS

Uma nova igreja católica?

     A visita do Papa Francisco ao Brasil, pode ser a oportunidade para o relançamento da Teologia da Libertação, nascida na década de 1970, no Brasil.
     Essa doutrina, que surgiu do engajamento da Igreja no combate a ditadura militar, definia como prioridade a opção preferencial pelos pobres, resgatando um aspecto fundamental da doutrina cristã, que é o desapego aos bens materiais, num mundo cada vez mais materialista e onde a Igreja há séculos se baseava numa relação privilegiada com os ricos e poderosos.
     Isso ocorreu no auge da guerra fria, quando o campo socialista era muito forte e aparecia aos olhos dos trabalhadores do mundo como a salvação para a pobreza, a miséria e as ditaduras que assolavam o mundo capitalista.
     A escolha do Papa João Paulo II, após a estranha morte de seu predecessor, foi um golpe fatal na doutrina, que foi proibida pela Vaticano, sendo alguns de seus principais teóricos, como Leonardo Boff, condenados ao silêncio.
     Agora, a Teologia da Libertação parece estar ressurgindo das palavras do Papa Francisco, embora num ambiente completamente diferente.
     Como a Igreja no Brasil vem perdendo fiéis há muitos anos, pode ser que Roma tenha acordado para a necessidade de mudanças. Como o papa é latino americano, existe uma possibilidade concreta de renovação neste sentido. É esperar para ver.

Deu a louca no tempo

Inglaterra, semana passada.
Brasil na mesma semana

       Onde ficam os trópicos, mesmo?

Cabeçudos
    
    Já repararam como as crianças da China vivem entalando suas cabeças em buracos, grades e paredes? Será que eles são mais curiosos do que o resto do mundo, ou são mais cabeçudos?
     Esta semana, novamente, um menino ficou pendurado pela cabeça de uma grade no quarto andar de um edifício.



    







HUMOR TRANSATLÂNTICO

Mac Donald's
 Patrocinador oficial da viagem do papa ao Brasil


Aviso em Portugal



TRIBUNA ABERTA


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domingo, 14 de julho de 2013

POLITICANDO

O império contra ataca

     Com o fim da Copa das Confederações, as manifestações no Brasil refluíram. Na semana que passou as centrais sindicais tentaram marcar território, mostrando que sua liderança não estava totalmente morta, organizando uma greve geral no país, que acabou se tornando uma grande manifestação corporativista, com caminhoneiros (empresários de transporte no meio), fechando rodovias e várias categorias de trabalhadores ficando em casa vendo televisão, enquanto nas ruas uma minoria  barulhenta tentatava se igualar aos jovens que encheram as ruas do Brasil, pedindo melhorias nos serviços públicos, o fim da corrupção e dos privilégios dos políticos.
     Esse esforço só serviu para mostrar como o sindicalismo nacional está distante das reivindicações da sociedade, atreladíssimo aos interesses partidários e de costas para os anseios da população.
     Figuras tristemente oportunistas, como o "Paulinho da Força Sindical", vários vezes candidato a cargos eletivos, sem nenhum sucesso, e que usa a "sua" central para defender interesses próprios e de políticos com o qual mantém uma relação promíscua, fizeram de tudo para aparecer.
     A falecida CUT, que desde que o PT assumiu o governo, nunca mais fez nada pelos trabalhadores para não atrapalhar o governo, também tentou aparecer, gritando surradas palavras de ordem.
     Tudo em vão.
     Enquanto isso, a CIA experimenta com sucesso suas novas (?) estratégias de "contenção" de países que querem sair da órbita dos Estados Unidos. Monta, ou se utiliza de, manifestações populares para reverter processos de democratização que contrariam seus interesses estratégicos, como no Egito, onde exploraram o sentimento anti-islâmico da população, até conseguir emplacar seu queridinho no poder, o ex-consultor da Agência Internacional de Energia Atômica, El Baradei, como vice-presidente da república.
     El Baradei, que perdeu a única eleição livre e democrática realizada no Egito para Mohamed Mursi, foi quem elaborou o relatório que justificou a invasão do Iraque pelos americanos em 2003, alegando que eles possuiriam armas de destruição em massa, o que depois se revelou uma mentira deslavada.
     Ele, portanto, é responsável direto pela morte de mais de 200.000 civis iraquianos e pelo caos que se seguiu à invasão.
     Agora os americanos tentam desestabilizar o Mercosul, estimulando uma tal Aliança do Pacífico, composta por países que tem acordo de livre comércio com eles, numa tentativa sorrateira de ressuscitar a ALCA, de triste memória. Pra quem não se lembra, a ALCA era uma proposta de atrelar as economias latino-americanas aos Estados Unidos, nos transformando em exportadores de matérias primas e mão de obra para eles, que continuariam liderando a criação tecnológica e o processo econômico, nos transformando, na prática, em colônias deles, para ajudá-los a sair da crise em que se encontram.
     Para tentar nos desarticular não hesitam em usar de espionagem, como foi denunciado pelo ex-técnico Snowden, que teve que se refugiar em Moscou para escapar da sanha assassina da CIA, e de golpes de estado, como os praticados em Honduras e Paraguai. Não hesitam também em tentar manipular as manifestações autênticas da nossa juventude, infiltrando agentes provocadores que lançam bombas e coquetéis Molotov, conforme os manifestantes fizeram questão de mostrar para as TVs, na semana que passou, durante manifestação contra o governo do Rio.

Foto de uma das Marchas da Família com Deus pela Liberdade, que antecederam ao golpe militar de 1964
     Para quem tem mais de 60 anos, não passa despercebida a semelhança entre algumas manifestações e o movimento que precedeu o golpe militar de 1964 no Brasil, contra o presidente João Goulart. Eram as famosas Marchas da Família com Deus pela Liberdade, lideradas por um pastor norte-americano, orientado pelas serviços secretos dos Estados Unidos para desestabilizar nosso governo democrático, preparando o ambiente político para o golpe de Estado, assim como fizeram no Egito agora.
     Essas manifestações se apropriam de aspirações legítimas da sociedade, direcionando-as para as finalidades que atendam ao interesse deles, ou seja, a quebra do regime democrático.
     Já fizeram isso em muitas partes, onde as urnas não elegeram quem eles queriam. Na Europa Oriental foram vários movimentos desse tipo, apelidados de revoluções de veludo, por terem derrubado governos democraticamente eleitos, sem derramamento de sangue.
     É isso que estão tentando fazer na América Latina agora.
     Portanto, jovens brasileiros, abram os olhos para não se deixarem manipular por interesses obscuros, completamente contrários aos seus anseios, e que se aproveitam das suas aspirações legítimas.

PAPO DE ARQUIBANCADA

Muito bem utilizada...

Estádio (Arena) Mané Garrincha em Brasília


       Meus amigos, fiquei impressionado com a presença de público, hoje, no estádio Mané Garrincha, em Brasília: 60.000 pagantes para assistir ao clássico carioca Vasco e Flamengo. Tecnicamente, o jogo vencido pelo time da Gávea, foi fraco, face a deficiência de seus elencos. Contudo, o espetáculo proporcionado pela torcida, maioria rubro-negra, provou que mesmo sem ter um representante na série A, Brasília tem um potencial imenso à ser explorado. É muito mais vantagem, para equipes de grande apelo popular, como Flamengo, Vasco, São Paulo, dentre outros, mandarem seus jogos na capital do país. As novas arenas servirão para democratizarmos o futebol e propiciarmos às torcidas que não dispõem de grandes equipes, como Cuiabá e Manaus, por exemplo, grandes jogos. Não acredito que os novos estádios tornar-se-ão elefantes brancos. Brasileiro ama futebol. Espero que saibamos utilizar essas praças, público tem ! 

Blogando por ai...

Arnaldo Ribeiro da ESPN

Ronaldinho: craque ? líder ? ou nenhum dos dois ?

    Ronaldinho fora da Copa das Confederações. Uma bomba. Sim. Uma bomba. Tínhamos essa informação na ESPN, pelo repórter (sempre bem informado) André Plihal, mas custamos a acreditar.
Ronaldinho voltou a ser o jogador mais badalado do país. Joga na melhor equipe do Brasil hoje: o Atlético-MG. É o ídolo máximo desta equipe. Fez grandes jogos nos grandes jogos, contra São Paulo e Cruzeiro.
     Por que não entrar numa lista de 23 numa seleção que nem time tem ainda? Uma seleção que não tem referência, que não tem estofo, que não tem representatividade, que não tem respaldo...
    A explicação mais simples. Porque decepcionou Felipão recentemente, dentro e fora do campo, quando esteve a serviço da seleção.
     Bem. Felipão conhece bem Ronaldinho. Conhece há muito tempo. Ronaldo Assis Moreira sempre foi um mágico da bola, desde menino. Teve uma fase espetacular, de melhor do mundo mesmo, no Barcelona.
    Mas Ronaldinho tem um outro lado. Ou melhor: outros lados. Ele poucas vezes foi regular, ele pouca vezes foi referência (como é hoje, no Galo), ele quase nunca foi líder, ele poucas vezes desequilibrou quando jogou pela seleção brasileira.
    Em 2000, fracassou na Olimpíada. Em 2002, era a maior esperança brasileira na Copa, mas foi engolido por Rivaldo e Ronaldo, e teve um brilhareco contra a Inglaterra, no mesmo jogo em que foi expulso. Em 2006, melhor do mundo, foi uma completa decepção. Em 2008, convocado na marra para mais uma Olimpíada, tentou liderar um grupo de jovens, mas não cumpriu o papel. Em 2010, não mereceu estar lá.
    Diante deste histórico, o que faz algum treinador pensar que ele possa virar referência, líder e craque de uma seleção que vai disputar a Copa em seu país? Felipão deve ter pensado nisso tudo antes de decidir.
Ronaldinho não está na seleção de Felipão. Também não estaria na minha. E na sua?

Fonte: Blog do Arnaldo Ribeiro