Dez anos depois...
Meus amigos, quase dez anos depois, Bahia e Vitória voltam a duelar na elite do futebol brasileiro. Desde outubro de 2003 que o clássico baiano não acontecia, pela série A do campeonato brasileiro. Quase quarenta mil pessoas marcaram presença na Arena Fonte Nova e fizeram uma grande festa. Infelizmente a partida terminou 0 x 0, apesar do jogo ter sido muito movimentado.
O tricolor mostrou que não é mais o saco de pancadas do campeonato baiano e jogou sem medo e teve as melhores chances para decidir o jogo, não fora a tarde infeliz dos seus atacantes, sobretudo do artilheiro, Fernandão e da presença do goleiro rubro-negro, Wilson, que fechou o gol na melhor oportunidade da partida.
O Vitória não articulou bem seus contra-ataques, sua grande arma e teve a infelicidade de perder dois de seus principais articuladores, Renato Cajá e Nino Paraíba, substituídos por Camacho e Daniel Borges, respectivamente. Este último não acertou um passe sequer, talvez pelo peso da estreia num clássico.
O empate foi justo, entretanto não ajudou nem um nem outro: ambos perderam posições na tabela de classificação, o Bahia ainda tem um jogo a mais que seus concorrentes. Para a equipe da Toca, marca a continuidade do tabu que dura dois anos, pois, a última derrota para o Bahia, aconteceu em maio de 2011.
Blogando por ai...
José Cruz
O "drible da vaca" está a caminho e o fisco que se
lixe.
A proposta do governo para “aliviar” as dívidas
fiscais dos clubes de futebol – mais de R$ 2 bilhões -, anunciada pelo ministro
Aldo Rebelo, ainda não saiu do Palácio do Planalto.
Mas na Câmara dos Deputados a tropa de choque dos
cartolas e do próprio governo já se mobiliza para tentar aprovar o que
vier.
A primeira reunião para afinar discurso e defesa do
projeto foi realizada na quarta-feira na liderança do PTB, sob o comando do
deputado Jovair Arantes (GO).
Mas há dissidências, como a deputado Deley.
Ex-craque do Fluminense, ele contesta o perdão e
outros privilégios aos caloteiros com um argumento forte: as Santas Casas
também são devedoras ao fisco e o governo não está nem aí para o drama desses
hospitais de atendimento à população carente.
O deputado Vicente Cândido (PT/RJ), autor da
projeto de lei do perdão da divida que inspirou o ministro Aldo Rebelo a
abraçar a proposta, defende que o governo edite medida provisória.
Se isso ocorrer, todos os clubes caloteiros serão
perdoados imediatamente de suas dívidas!
E, melhor, estarão “limpos” para receber verbas
federais, da Lei de Incentivo, do orçamento do Ministério do Esporte ou de
patrocínios estatais.
O que entristece nessa mobilização política é que o
próprio ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que conhece detalhadamente sobre a
fragilidade gestora dos clubes de futebol, está na liderança dessa campanha.
Como presidente da CPI da CBF Nike, Aldo viu
como ocorre a evasão de divisas, o enriquecimento ilícito de dirigentes
esportivos, a sonegação fiscal, a falcatrua, enfim. À época, combateu com
rigor esses desmandos que eram casos de polícia.
Mas, agora, quando deveria ser fiscal rigoroso do
bem público — pois é isso que se espera de um ministro de Estado – o
deputado e ministro Aldo Rebelo troca de lado e passa a defender os que
driblaram o fisco e desviaram sabe lá pra onde o dinheiro que recolheram de
seus funcionários.
Além de Deley, que já se posicionou contra o perdão
ao calote, temos os deputados Afonso Hamm, Romário e Danrley como ex-jogadores
profissionais. Que posição vão tomar diante desse projeto do Executivo?
E a presidente Dilma Rousseff, vai aceitar
escancarar os cofres, perdoar dívidas públicas e isentar os caloteiros de
punição?
Fonte: Blog do José Cruz
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